Um dos mais importantes advogados da Vale, Sergio Bermudes, apresentou de público a visão da companha sobre o crime de Brumadinho: a companhia não é responsável pelo rompimento da barragem e a direção da empresa não se afastará de seu comando
“em hipótese alguma”; de acordo com a jornalista Mônica Bergamo, o advogado afirmou que “a Vale não enxerga razões determinantes de sua responsabilidade. Não houve negligência, imprudência, imperícia”
Um dos mais importantes advogados da Vale, Sergio Bermudes, apresentou de público a visão da companha sobre o crime de Brumadinho: a companhia não é responsável pelo rompimento da barragem e a direção da empresa não se afastará de seu comando “em hipótese alguma”.
De acordo com reportagem da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.São Paulo, o advogado afirmou que “a Vale não enxerga razões determinantes de sua responsabilidade.
Não houve negligência, imprudência, imperícia”.
“Por que uma barragem se rompe? São vários os fatores, e eles agora vão ser objeto de considerações de ordem técnica”.
Para o advogado, tudo tratou-se de sorte e azar: “um caso fortuito cujas causas ainda não foram identificadas”.
A declaração foi uma reação à sugestão do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que defendeu no domingo (27) o “afastamento cautelar” e “urgente” de toda a diretoria da empresa.
O advogado descartou possibilidade de renúncia da diretoria tar seus diretores, pois a renúncia, segundo ele, “não ajudaria a companhia, perturbaria a continuidade das medidas que ela, do modo mais louvável, está tomando”.
Para ele, “não cabe renúncia pois não se identificou dolo e muito menos culpa” dos executivos da Vale.
Para o advogado, as criticas do senador Renan Calheiros são uma tentativa “pecaminosa de capitalizar em cima da tragédia”.
Ao comentar as declarações da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, o advogado da Vale baixou o tom.
Dodge disse que “certamente há um culpado” pelo acidente e que os executivos da empresa podem ser responsabilizados.
Bermudes disse que a afirmação “é precipitada”. “Não é só a procuradora que quer apurar o que ocorreu. Todos nós queremos.
Mas não há necessariamente um culpado, não há necessariamente culpa.
Ou não haveria casos fortuitos ou ocasionados por motivos de força maior”, disse.
Leonardo Attuch