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As mortes na 3ª Ciretran não foram explicadas e estão esquecidas

Hoje não existe nenhuma dúvida de que a intervenção na 3ª Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) de Feira de Santana para investigar diversas denúncias de irregularidades em quase todos os setores, foram responsáveis pela tragédia ocorrida na manhã de quinta-feira (29) de dezembro de 2011, às 7:40hs aproximadamente, no estacionamento do 2? Grupamento do Corpo de Bombeiros, quando o sargento da Polícia Militar, Amarildo Novais, responsável pelo setor de habilitação, deflagrou sete tiros atingindo dois outros servidores da Ciretran e depois cometeu suicídio.

O fato ocorreu no interior de um veiculo Cerato, os servidores Luiz Eugênio Teixeira dos Santos, examinador de provas de ruas e a assistente administrativa, que também era examinadora, Maria das Graças Costa Veiga, foram atingidos tendo morte imediata. Luiz Eugênio estava ao volante do veiculo e Maria das Graças no banco trazeiro, lado oposto ao do motorista.

Todos os disparos foram efetuados pela arma do Sargento. As conclusões são da polícia técnica, confirmando que os disparos contra os colegas de trabalho foram feitos da arma do sargento e depois ele teria atirado na própria cabeça, cometendo suicídio.

A equipe que fazia uma espécie de auditor na Ciretran depois da tragédia suspendeu os trabalhos, retornou a Salvadoria e nada mais foi esclarecido. Deve-se salientar que irregularidades e denuncias de práticas suspeitas nos serviços prestados pela Ciretran em Feira de Santana eram muito antigas.

Comentava-se que os envolvimentos comprometiam muita gente. Entretanto a tragédia serviu apenas para fechar mais ainda essa caixa de Pandora, e tudo continua como antes.

Uma coisa continua se comentando nos quatro cantos da cidade, “Falar nesse assunto na Ciretran é perigoso e compromete a existência.

As observações do interventor da Ciretran na época, Osvaldo Moura e mais 10 servidores, tinham observado que muitos veículos eram considerados como vistoriados sem sequer terem sido levados ao pátio da Ciretran.

 

Em outras situações ficou constatado que carros roubados e adulterados estavam sendo regularizados e que examinadores facilitavam as aprovações de candidatos submetidos aos exames de rua para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação.

Sobre essas questões nada mais foi comentado ou investigado. A situação na Ciretran continua a mesma, ou seja, nada foi feito e tudo indica que nada será feito.

 

 

Fonte: Carlos Lima

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