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Ataque na Catedral: polícia quer traçar percurso feito pelo atirador

Euler tinha diário e se sentia perseguido, diz delegado

Euler Fernando Grandolpho, de 49 anos, atirador que matou 4 pessoas na Catedral de Campinas e depois se matou — Foto: Reprodução/Facebook

A Polícia Civil quer traçar nesta quarta-feira (12) o percurso do atirador Euler Fernando Grandolpho entre a casa dele, em Valinhos (SP), até a Catedral Metropolitana de Campinas (SP), onde matou quatro pessoas e feriu outras quatro antes de cometer suicídio na tarde de terça-feira (11), segundo a Polícia Militar.

Os policiais também vão investigar um diário encontrado na casa dele com sinais de que se sentia perseguido.

Os policiais civis disseram à EPTV, afiliada da TV Globo, que Euler Grandolpho almoçou em casa com a família. E cerca de uma hora e quinze minutos depois cometeu os assassinatos logo após o fim da missa das 12h15.

A Polícia trabalha para reconstituir ação de atirador em catedral de Campinas (SP)

Os policiais querem saber como ele se deslocou da residência da família em um condomínio fechado em Valinhos ao templo católico, já que não tinha carro.

Querem descobrir também se o atirador se encontrou com alguém, ou teve algum desentendimento.

Ele portava armas com numerações raspadas

“Ainda falta entender o trajeto da casa até a igreja, motivação exata ainda não temos, mas tudo indica que isso decorreu de um surto psicótico, ou seja, uma coisa dessa que se agravou”, disse o delegado José Henrique Ventura, que comanda as investigações pelo Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo-Interior 2 (Deinter-2).

De acordo com o delegado, os investigadores descobriram que o atirador fazia uma espécie de diário onde anotava placas de carros e outras informações sobre supostas perseguições a ele.

Ele tinha um perfil de se sentir perseguido. Chegou a registrar boletins de ocorrência e segundo consta, até em função desse perfil, que poderia vir de uma depressão, ele fez uma consulta no CAPS que é um centro de apoio psicossocial para tratar disso”, afirmou o delegado do Deinter-2.

Euler Fernando Grandolpho, de 49 anos.

Os familiares confirmaram que o atirador chegou a fazer tratamento para depressão e temiam que ele cometesse suicídio.

O pai disse aos policiais desconhecer o fato de o filho ter armas. O atirador estava com duas armas, ambas com numerações raspadas, alvo das investigações nesta quarta-feira.

“A família hora nenhuma desconfiou que ele poderia ter alguma arma, ele nunca falou em arma, nunca foi visto com arma, as vezes quando estava depressivo tinha conversas estranhas, o que fazia com que eles temessem que pudesse cometer um suicídio, mas não essa tragédia”, explicou o delegado Ventura.
Veja outras questões a serem respondidas

Quem são os mortos?

Morreram no ataque na Catedral de Campinas:

 Sidnei Vitor Monteiro, 39 anos
José Eudes Gonzaga, 68 anos
Cristofer Gonçalves dos Santos, 38 anos;
Elpídio Alves Coutinho, 67 anos.

G1

https://www.youtube.com/watch?v=tI2w2ETCxYM&has_verified=1

 

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