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Audiência no STJ discute pedido de prisão de Padre Robson pela Polícia Federal

Padre Robson de Oliveira pode ser preso pela PF

Uma audiência está marcada, para a tarde desta segunda-feira, no gabinete do ministro relator do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Benedito Gonçalves com a defesa do padre Robson de Oliveira.

O pároco é suspeito de desvio de dinheiro da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), mantenedora do Santuário do Divino Pai Eterno, em Trindade (GO) e tem sido alvo de pedido de prisão preventiva por parte da Polícia Federal.

A informação foi confirmado com o advogado do religioso, Cléber Lopes.

Segundo a defesa, a audiência será por videoconferência e a expectativa é que indefira o pedido da Polícia Federal.

Na última quarta-feira, a Polícia Federal enviou para o STJ um pedido de prisão contra o padre.

O religioso era investigado por suspeita de utilizar dinheiro dos fiéis para fins pessoais, mas a apuração conduzida pelo Ministério Público de Goiás foi suspensa por decisão judicial.

Em nota, a corte informou que “não divulga informações sobre ações originárias em segredo de justiça, as quais estão sob o comando dos respectivos relatores, sob pena de prejuízo ao andamento das investigações”.

Padre Robson é um dos mais famosos e populares da Igreja Católica.

Como cantor, ele chegou a ter o quinto álbum mais vendido no Brasil em 2011, à frente de artistas como Beyonce e Justin Bieber.

O êxito na carreira de apresentador o levou a criar uma rede de televisão, a TV Pai Eterno. Sua popularidade nas redes sociais alcançou cerca de 5 milhões de seguidores.

Com toda essa fama, o pároco deu início à sua maior empreitada: a construção de uma nova e suntuosa basílica na cidade de Trindade, na região metropolitana de Goiânia.

As obras -ainda inacabadas – foram viabilizadas por meio de doações dos fiéis. O dinheiro era recolhido pela Afipe.

Segundo as investigações, o padre teria criado a Afipe (e outras duas associações homônimas) para desviar mais de R$ 100 milhões em doações. Segundo o MP, os valores teriam sido usados para aquisição de bens de uso pessoal do padre Robson, parentes e pessoas de sua confiança.

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