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Deltan falou em engajar Estados Unidos contra a Odebrecht

(Foto: ABr | Reuters)

As novas revelações da Vaza Jato, divulgadas pelo site The Intercept em parceria com o UOL, apontam que o procurador e coordenador da operação, Deltan Dallagnol, não apenas manteve contatos informais com autoridades da Suíça e de Mônaco para a obtenção irregular de dados sobre alvos em potencial, como também queria “engajar” outros “atores estrangeiros” na obtenção de provas por meios ilegais, como os Estados Unidos.

A menção de Deltan para envolver países estrangeiros na obtenção de provas por meios ilegais consta de uma mensagem do aplicativo Telegram. “Lembrando tb que precisamos decidir como engajar os atores externos, EUA e Suíça, se e na medida em que as negociações eventualmente avançarem”, diz Deltan em uma conversa com a procuradora Laura Tessler para marcar uma reunião sobre o andamento das investigações, orientações e dados repassados pela “inteligência”, como eles se referiam as provas obtidas irregularmente.

Os interesses norte-americanos em apoiar a Lava Jato e a consequente destruição do patrimônio nacional foi explicitado pelo ex-embaixador dos EUA no Brasil Thomas Shannon, que ficou no posto entre 2010 e 2013.

Em julho deste ano, Shannon revelou que o governo dos EUA via com preocupação as iniciativas do governo brasileiro de criar um bloco político forte e coeso na América do Sul, além de ter a construtora Odebrecht como parceira neste processo.

 A Odebrecht acabou firmando um dos maiores acordos de leniência da história com o Departamento de Justiça dos EUA (DoJ).  O acordo somente foi viabilizado graças ao livre trânsito de informações e provas entre os procuradores do DoJ e os integrantes da Lava Jato em Curitiba.

Brasil 247

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