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HIV e tuberculose aumenta na população carcerária em grande parte do país.

Presídios no Brasil

Um dos maiores focos de HIV e tuberculose está nos presídios do Brasil.

Levantamento inédito da Human Rights Watch aponta a existência de uma epidemia das duas doenças nas unidades prisionais dos estados.

Segundo o documento, são 2.260 casos de tuberculose por 100 mil presos, ou seja, uma taxa quase 100 vezes maior que a média na população brasileira.

A prevalência de infecções pelo vírus HIV é mais de 42 vezes maior que a verificada na população brasileira em geral, chegando a 870 casos por 100 mil presos.

Os dados foram coletados neste ano durante visitas a quatro prisões do estado. O risco também é ampliado para parentes de presos nos dias de visita.

Segundo o levantamento, a equipe de saúde não consegue submeter os novos presos, que chegam em grande quantidade, a exames de tuberculose.

Os detentos são examinados apenas depois que os sintomas aparecem, quando outros presos – que com eles compartilham os espaços confinados e mal ventilados – já foram infectados.

“A superlotação impede acabar com o foco”, admitiu, na época, a direção.

O relatório revela a existência de apenas 161 profissionais de saúde para cuidar de um total de 31.700 presos, incluindo um único ginecologista para uma população de 1.870 presas no estado.

“Funcionários disseram que, sofrendo com a falta de pessoal e de medicamentos, as enfermarias das prisões frequentemente podem oferecer apenas cuidados básicos.

Os presos precisam ser levados a hospitais locais para tratamento, mas é comum que o traslado não seja feito por falta de escolta policial”, diz um trecho do documento.

Os presídios hoje, são piores do campos de concentração.

Human Rights Watch

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