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Irmão de refém diz que Lázaro a encontrou após ela pedir socorro e polícia ligar

A família feita refém

O filho do casal e irmão da adolescente feitos reféns  pelo procurado pela polícia Lázaro Barbosa , de 32 anos , descreveu ao portal G1 os momentos de terror vividos pela família, segundo a descrição deles. O homem é procurado há 10 dias , suspeito de ter cometido uma chacina em Ceilândia (DF) e outros crimes.

Em áudio ao G1 , o irmão disse que a adolescente de 16 anos estava embaixo da cama quando ligou pedindo ajuda aos policiais, mas que  Lázaro ouviu o telefone, tirou a jovem do local, e fez com que ela e os pais saíssem com ele pelo rio.

De acordo com o jovem, o procurado abordou primeiro o pai e perguntou quem mais estava na casa, mas ele disse que estava acompanhado apenas pela esposa.

“Ela [a adolescente] se escondeu debaixo da cama e avisou a polícia. No que ela avisou, a polícia ligou e o cara escutou. [Ele] Já arrancou ela debaixo da cama e mandou encher uma panelada de comida para ele”, disse ele.

Depois, o irmão contou que Lázaro mandou a mãe e filha correrem na frente enquanto comia e apontava a arma para o pai. A família, então, seguiu pelo rio obedecendo às ordens do acusado.

“[Lázaro dizia] ‘Desce correndo, passa aqui, passa no cascalho, anda dentro do rio, anda dentro do ‘poção’, não anda na areia não. Se olhar para trás eu atiro'”.

O procurado também teria pedido para que a adolescente tirasse a camiseta que estava usando, porque era vermelha e chamaria a atenção.

“A polícia atrás, no vácuo. O helicóptero já chegou. Ele [Lázaro] escondeu e botou folha de coqueiro em cima. […] Ele falou para o meu pai: ‘eu queria errar tiro, mas eu não erro tiro’ […] e começou a troca de tiros. A polícia afastou ele do meu pai e ele sumiu”, completou.

A família foi resgatada pelos  policiais após uma troca de tiros. Um dos agentes tirou uma foto do momento do resgate e compartilhou nas redes sociais.

O delegado Raphael Barboza disse que uma equipe de policiais dormiu na residência da família que foi vítima do criminoso na noite anterior ao sequestro para limitar sua área de atuação.

No entanto, o investigador afirmou que a forma com que Lázaro invadiu a casa mostra que ele acampou na mata e ficou vigiando a propriedade, esperando os agentes deixarem o local para agir novamente.

Ligação para a polícia
Quando o procurado entrou na casa, a jovem conseguiu se esconder no quarto e enviar uma mensagem à polícia. “Socorro, Lázaro está aqui em casa”, escreveu a adolescente pouco antes de ser levada para a mata.

No entanto, o irmão disse que, assim que receberam a mensagem, os policiais ligaram para o celular dela, e foi quando Lázaro ouviu o barulho e a encontrou.

“Talvez, a pessoa que recebeu a mensagem não tivesse sequer a preocupação de se colocar no lugar de quem enviou a mensagem e se questionar como está a pessoa. Ele optou por ligar porque a gente sabe que a resposta é quase imediata. Às vezes, infelizmente, a decisão acaba sendo empírica de tentativa ou erro”, disse o membro do Conselho do Fórum Brasileiro de Segurança Pública Cássio Thyone, que criticou a atitude de ligar para a vítima.

Com certeza é um erro imperdoável em tal situação.

IG

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