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JANOT QUER APROFUNDAMENTO DE INVESTIGAÇÃO CONTRA LOBÃO

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, avaliou que merecem “aprofundamento” as investigações sobre uma suposta sociedade oculta do senador e ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão (PMDB-MA) na Diamond Mountain Capital Group, via fundo de investimento aberto nas Ilhas Cayman, conhecido paraíso fiscal.

 

O parecer de Janot foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal como parte de um processo que apura a prática de crimes de ocultação de bens e lavagem de dinheiro no qual Lobão foi citado. O ministro Luís Roberto Barroso relata o caso no Supremo.

 

O nome do ex-senador foi citado por Jorge Alberto Nukin, ex-dirigente da Diamond Participações, à Polícia Federal.

 

Ele afirmou aos investigadores ter ouvido por diversas vezes dos donos da empresa que Lobão seria sócio de um fundo do grupo nas Ilhas Cayman.

 

A menção fez com que um inquérito que corre na justiça federal em São Paulo fosse desmembrado para o STF já que Lobão tem prerrogativa de foro por ser parlamentar em exercício.

 

O procurador diz ainda que as declarações e documentos apresentados por Nurkin oferecem indícios de que Lobão teria participado de “transações e facilitações no suposto esquema de fraudes arquitetado pelos representantes legais da Diamond Mountain Capital Group”.

 

Segundo Nukin, os dirigentes da Diamond Marcos Henrique Marques da Costa e Luiz Alberto Maktas Meiches, teriam buscado apoio de Lobão no “intuito de obter facilidades junto aos fundos de investimentos controlados pelo Governo Federal, dentre eles, o Postalis – Fundo de Seguridade dos Correios”, diz o texto.

 

Costa e Meiches são investigados em inquérito aberto na Justiça Federal em São Paulo. O Estado confirmou que a Diamond é gestora de um fundo do qual o Postalis tem R$ 67,5 milhões investidos.

 

No documento, Janot pede ainda ao STF que o senador seja notificado e apresente documentos, caso queira.

 

Lobão nega qualquer envolvimento com a Diamond. A defesa diz que vai processar quem usou o nome do senador indevidamente.

 

A Diamond também tem negado participação do ex-ministro e qualquer irregularidade nas atividades do grupo.

Fonte: Brasil 247

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