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Mônica Bentavinne, a mais nova vítima de feminicídio no Brasi

Mônica Bentavinne foi assassinada covardemente

Mônica Gonzaga Bentavinne, de 22 anos, é a mais nova vítima de feminicídio no Brasil. A jovem foi morta pelo namorado com um tiro na cabeça apenas porque não permitiu que o homem mexesse no celular dela.

João Carlos dos Reis Arantes, 23, foi preso em flagrante nesta quinta-feira (30) na cidade de Goianira (GO). Segundo a polícia, o rapaz matou a namorada por ciúmes.

“Ele disse que era ciumento, pediu para ver o celular dela porque não queria que ela conversasse com mais ninguém. Ela se recusou, ele pegou a arma e deu um tiro para o alto, mas a arma falhou.

Ele disse que achou que não tinha mais balas e disparou contra o rosto dela”, contou o delegado Bruno Costa e Silva, responsável pelo caso.

O namorado ainda tentou socorrer Mônica, levando-a para o hospital. Porém ela não resistiu. “Os funcionários do Hospital prenderam o homem em uma sala até que a Polícia Militar fosse acionada. Nós o prendemos e o levamos até a delegacia”, disse um sargento da PM.

“Ele é um animal por ter feito isso com ela. Queremos que esse não seja só mais um caso de feminício, queremos a justiça”, disse o primo de Mônica, Gabriel Luiz Gonzaga Neto.

Nas redes sociais, amigos e familiares deixaram mensagens de luto no perfil dela, dizendo não acreditar no que aconteceu.

Mônica e João Carlos estavam juntos há seis meses. Ele foi autuado em flagrante por feminicídio, quando o crime é cometido por razão de gênero. A pena varia de 12 a 30 anos de prisão.

Feminicídio é o termo usado para denominar assassinatos de mulheres cometidos em razão do gênero. Ou seja, quando a vítima é morta por ser mulher.

No Brasil, a Lei do Feminicídio, de 2015, estabelece que, quando o homicídio é cometido contra uma mulher, a pena é maior.

De acordo com o Mapa da Violência, último levantamento quantitativo nacional sobre o assunto, o Brasil é considerado o 5º país do mundo com maior número de feminicídios.

Segundo dados divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU), só em 2017, foram 4.600 casos, ou seja, entre 12 e 13 mulheres são mortas todos os dias.

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