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Mulher reclama de falta de médicos e é eletrocutada por guarda

GUARDA DA CHOQUE EM PACIENTE

Paciente de 42 anos que reclamava da falta de médicos e da demora no atendimento é eletrocutada por guarda em Unidade de Pronto Atendimento

Imagem de Câmera de Segurança mostra Célia deitada ao chão após ser atingida com arma de choque

A paciente Célia Ramos, de 42 anos, foi eletrocutada por um guarda civil em Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade de Sorocaba (SP), no último sábado (3).

A mulher reclamava da falta de médicos e da demora no atendimento em uma transmissão ao vivo pelo Facebook.

No vídeo, Célia afirma que estava esperando para ser atendida há muito tempo e, por isso, resolveu mostrar todas as salas da UPA para provar que não havia médicos nos consultórios.

Um médico chega a aparecer no vídeo pedindo para o guarda municipal controlar a paciente. Célia passa a discutir com o profissional, que depois se afasta do campo de visão da câmera do celular.

O guarda se aproxima e diz para a mulher: “por gentileza, desligue o telefone”, e completa falando para que ela procure a prefeitura para reclamar sobre a situação. A paciente se nega e os dois discutem, até que o guarda grita para que ela pare de gravar.

A transmissão é interrompida e, em seguida, Célia aparece caída no chão da unidade de saúde pedindo por socorro. “Socorro, o cara atirou em mim, na minha hérnia. Pelo amor de Deus, olha isso”, grita no vídeo.

A imagem mostra ele guardando a arma na cintura. Em seguida, a mulher se levanta com a ajuda do marido, que, segundos depois, é agarrado pelo guarda.

Guarda afastado
O guarda civil que usou a arma de choque contra Célia foi temporariamente afastado de suas funções. De acordo com o prefeito José Crespo (DEM), o oficial exercerá atividades administrativas até que o caso seja apurado pela Corregedoria da GCM, que tem um prazo de 30 dias para concluir as investigações do caso.

Marcos Mariano, comandante da GCM, ressaltou que a conduta do guarda será investigada. “Tudo vai ser apurado agora pelo inquérito da Polícia Judiciária, da Polícia Civil, e por um procedimento administrativo instaurado pela Corregedoria da Guarda Civil Municipal.”

Segundo o secretário de Segurança, Jeferson Gonzaga, o guarda agiu em legítima defesa. “A informação que inclusive ele fez constar no termo de ocorrência é que a municípe, em tese, teria tentado tirar a arma de fogo do cinturão dele.”

RP

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