Deve-se ao subprocurador geral da República, Rodolfo Tigre Maia, o troféu “defensor da família” do ano.
A Defensoria Pública da União pediu a libertação de presos provisórios, para evitar a contaminação pelo coronavirus.
Alegava que o coronavirus “tem o potencial de atingir praticamente todos os presos do país, amontoados em cadeias superlotadas, sem ventilação adequada e sem as mínimas condições de higiene”.
O que faz o criterioso Tigre Maia?
Diz não ser possível devido ao risco dos presos levarem o coronavirus para as famílias.
Logo, admitiu a contaminação generalizada, mas decretou a morte dos presos no presídio, em defesa de suas famílias.
A lógica de Damares, Bolsonaro e Olavo inoculou todo o sistema de justiça.
Em algum momento, o capitão Bolsonaro chegou a pregar a morte dos filhos de subversivos, para não espalhar a semente do mal.
Tigre Maia é mais civilizado. Para ele, preso não é gente; mas sua família, é.
Não deixa de ser um avanço.