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PM estava embriagada e atirou várias vezes contra a irmã até acertar, diz marido da acusada em depoimento

Policial mata irmã e é presa pelo próprio marido

Em depoimento, o marido da policial militar Rhaillayne Oliveira de Mello, 30 anos, o também PM Leonardo de Paiva Barbosa, contou na Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHSNSG) que a esposa entrou em luta corporal com a irmã e atirou várias vezes contra a mesma.

Testemunhou também um comportamento embriagado e descontrolado da companheira na madrugada do crime.

A informação foi obtida nesta segunda-feira. Rhayna Mello foi morta a tiros pela irmã na manhã de sábado (2), em um posto de combustíveis de São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio.

A PM está presa preventivamente na unidade prisional da PM, no Fonseca, em Niterói, e vai responder por homicídio.

Corpo de Rhayna Oliveira Mello, 22 anos, foi enterrado no Cemitério Maruí, em Niterói

Leonardo disse aos investigadores que estava dormindo em casa quando viu Rhaillayne entrar na sala, por volta das 3h, para pegar a arma, uma glock. 40.

Sem ter conhecimento do estado da esposa, ele voltou a dormir, mas foi acordado quase uma hora depois por um telefonema da sogra.

Na ligação, a mãe das irmãs disse estar preocupada com o comportamento de Rhaillayne e que a mesma teria discutido com ela e Rhayna.

O PM saiu de casa em busca de informações da esposa. Em seguida, foi até a casa da sogra e por volta das 7h55 recebeu uma ligação de Rhayna pedindo ajuda, pois a irmã estava transtornada e alcoolizada.

Leonardo foi até o local, um posto de combustíveis, na Rua Francisco Portela, no bairro Camarão, e presenciou a briga das irmãs.

Pouco tempo depois, por volta das 8h10, a briga ficou ainda mais séria e as irmãs entraram em confronto físico.

O soldado e outras pessoas que estavam no posto de gasolina, entre elas o cunhado de Rhaillayne identificado como Gabriel, tentaram separá-las.

Ao fim da briga, a PM sacou a arma e fez vários disparos contra Rhayna, mas neste primeiro momento nenhum tiro teria atingido a vítima.

Elas, então, voltaram ao confronto físico e Leonardo relatou ter ouvido mais um tiro e que Rhayna logo caiu ao chão, sendo socorrida por Gabriel, mas não resistiu e morreu.

Ainda de acordo com o depoimento de Leonardo, ele deu voz de prisão para a companheira, pegou a arma e a levou à 73ª DP (Neves).

O caso foi transferido para a DHNSG, que segue investigando o crime. As imagens das câmeras de segurança do posto também podem ajudar a esclarecer os fatos.

PM demonstrou arrependimento

Demonstrando arrependimento, a policial militar Rhaillayne disse em depoimento, aos gritos, que gostaria de ter a irmã de volta:

“Quero minha irmã de volta”. A acusada ficou por cerca de três horas prestando depoimento na DHNSG. Outras testemunhas também prestaram depoimento na especializada.

Em seguida, ela foi levada para a Unidade Prisional da Polícia Militar (UP-PMERJ), no bairro do Fonseca, em Niterói, na tarde de sábado (2), onde está presa.

RD/Sandro

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