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Psiquiatra recomenda avaliação em homem que matou engenheiro a facadas

Homem que matou engenheiro a facadas continua preso

O psquiatra forense Talvane de Moraes disse ser fundamental a realização de um exame de sanidade mental no assassino confesso do engenheiro Gabriel da Silva Leite, morto a facadas na Tijuca, na Zona Norte do Rio.

A falta de motivação e modus operandi colocados em prática por Willian Ferraz do Carmo no momento do crime trouxeram mais perguntas do que respostas aos investigadores da Delegacia de Homicídios da Capital.

Para Moraes, é possível trabalhar com algumas hipóteses, como uso de drogas, uma confusão mental ou um surto psicótico.

Contudo, só um exame mais detalhado pode jogar alguma luz sobre o caso, que está intrigando as autoridades e também as famílias da vítima e do autor.

— É um caso dificil de se avaliar, para isso é necessário um exame no autor. Podemos aventar algumas hipóteses, mas a resposta mesmo só viria por meio de uma análise.

Aparentemente, não há uma motivação, a dinâmica também não ajuda e não há relato de briga ou discussão. Chama atenção por ser esdrúxulo — disse o especialista.

Ainda segundo Talvane, o exame de sanidade em William pode ser solicitado tanto pela defesa do autor, como pelo Ministério Público. De um modo ou de outro, porém, a realização da análise depende de autorização judicial:

— Já vi alguns casos semelhantes a esse anteriormente onde as conclusões só foram feitas após realização de exames nos envolvidos.

Por isso em algum momento deste caso o mesmo será realizadio, mas é necessário o aval de um juiz.

William Ferraz do Carmo segue preso preventivamente na sede da Delegacia de Homicídios.

Ele aguarda por audiência de custódia, que deve ser realizada na próxima segunda-feira.

Nesta sexta, ele recebeu visita do padrasto, Luiz Carlos Barbosa, que levou roupas para o enteado. A mãe e o companheiro dele optaram por não comparecer na delegacia, embora seus depoimentos tenham sido colhidos pelos policiais.

Nenhum dos ouvidos relataram que o homem tenha problemas psiquiátricos ou faça uso de remédios.

De acordo com a Polícia Civil, o criminoso foi descrito como alguém calmo e pacato no convívio familiar, tendo o crime surpreendido a todos, tanto pelo fato em si, como pela brutalidade.

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