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Aécio e o fantasma de Bolsonaro

É visível a dificuldade do Senador Aécio Neves em se posicionar no processo histérico que ele próprio ajudou a despertar.

Por mais que se escondam os cartazes pedindo intervenção militar, é evidente que os núcleos de extrema direita assumiram o comando prático dos chamados “movimentos” (todos de origem obscura) anti-Dilma.

A notícia, hoje, de que a direção do PSDB – leia-se, Aécio – encomendou uma ação de responsabilidade contra a Presidenta , é só uma manobra para estabelecer uma solidariedade formal com o “impixismo”.

O dado real é que dificilmente estes movimentos vão desembocar na formação de um partido assumidamente de direita como o Brasil não tem desde que findou a ditadura militar.

E isso rouba espaço do PSDB que, embora “social-democrata” de batismo, recolhia os votos deste segmento .

De outro lado, a ascensão de Eduardo Cunha roubou, de fato, a condição de maior força oposicionista que tinham os tucanos na esfera parlamentar.

O papel que as ruas pedem a Aécio é o de um Bolsonaro.

Que pode lhe ser adequado hoje, na quadra de histeria gerada pela crise política e econômica.

Mas que, uma vez vestido integralmente, dificilmente pode vir a ser despido quando a oposição precisar articular sua candidatura para 2018.

Afinal, tudo caminha para que já haja um Bolsonaro, o próprio, na próxima disputa presidencial e a sua desfiliação, hoje, do moribundo PP é o início da execução do seu plano de candidato.

A agitação de rua, ficou visível domingo e vai se tornar inegável com os dias, vai refluir, apesar de todo o esforço do Governo Dilma de “bater cabeça” internamente e reduzir a política a uma atividade burocrática.

Fonte: F. Brito

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