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Aécio reconhece CPI como “guerra que não acaba nunca”

A oposição deve viver, na noite desta quarta-feira 7, uma “guerra” da CPI, prevê o pré-candidato do PSDB à Presidência da República e principal articulador para dar início a investigações sobre denúncias contra a estatal. “Estamos nos preparando para mais uma guerra da CPI [da Petrobras]. Uma guerra que não acaba nunca”, disse ele nesta manhã, em entrevista concedida a rádios de Alagoas.

 

Segundo o senador, a grande “disputa” na sessão conjunta – com Câmara e Senado – marcada para esta noite no Congresso Nacional será tentar assegurar a instalação de uma CPI mista, com deputados e senadores, diferente de como quer o governo, que defende uma CPI apenas no Senado. “Quanto mais amplas as investigações, melhor. Essa vai ser a grande disputa de hoje à noite”, declarou Aécio.

 

Durante a sessão, anunciada ontem pelo senador Renan Calheiros (PMDB-AL), o presidente do Senado pedirá formalmente aos líderes indicações de nomes para compor a CPMI. Ele cancelou uma reunião que teria nesta terça-feira com a oposição para discutir de que forma seria a CPI. Na opinião do líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), não é econômico nem viável manter duas CPIs no Congresso sobre o mesmo tema, por isso Renan teria optado pela mista.

 

Em jantar com jornalistas mulheres no Palácio da Alvorada, na noite passada, a presidente Dilma Rousseff disse não ter dúvidas de que ela é a principal causa da CPI e que a proposta da oposição tem componente político. Na entrevista, Aécio respondeu que o “discurso” do governo de que a CPI é política “não cola com a realidade”. “Mexeram muito no dinheiro da Petrobras. (…) Esse discurso de que a CPI é política não cola com a realidade. Nós não acordamos num dia querendo a CPI da Petrobras”, afirmou.

 

O presidente do PSDB também fez nesta quarta-feira uma palestra durante a 18ª Conferência Nacional da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), em Brasília. Em coletiva de imprensa concedida posteriormente, garantiu que já tem um compromisso com a pauta que chama de Federação, abordando a dívida dos municípios com o governo federal. “O Brasil, infelizmente, se transformou em um estado unitário. Apenas a União detém receitas e apenas a União define o que fazer com estas receitas”, criticou.

 

 

Fonte: 247/ Harlene Teixeira/ Foto: web.

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