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AÉCIO: SUPERAR SERRA E ALCKMIN PARA CHEGAR EM 2018 É MISSÃO QUASE IMPOSSÍVEL

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) terminou a eleição presidencial maior do que começou. Conseguiu amealhar um patrimônio político de 51 milhões de votos, o que o torna, em tese, uma opção natural das forças de oposição para disputar novamente o Planalto em 2018.

 

Apesar de ter protagonizado o maior feito do PSDB frente ao PT nas últimas quatro eleições, Aécio Neves enfrenta desde já a dura batalha para se firmar como principal opção do partido. O cenário estará mais disputado.

 

Primeiro no Senado, onde é criticado por aliados por ter sido pouco atuante, Aécio enfrentará a concorrência do tucano José Serra, que não esconde de aliados o desejo de concorrer novamente à Presidência, e com quem Aécio travou por anos disputa interna.

 

Serra foi candidato a presidente em 2002, quando perdeu no segundo turno para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e em 2010, quando recebeu mais de 47 milhões de votos, mas foi derrotado pela presidente Dilma Rousseff (PT).

 

Outro “peso pesado” do PSDB no caminho de uma segunda candidatura de Aécio Neves é o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

 

Reeleito no primeiro turno, com expressivos 57% dos votos, é um candidato quase natural do tucanato paulista. Mas Alckmin trata do assunto com reservas.

 

Alckmin concorreu ao Planalto em 2006, contra o ex-presidente Lula. Desde então, dedicou-se a remontar suas forças em São Paulo.

 

Tentou se eleger prefeito da capital em 2008 e perdeu. Voltou em 2010 elegendo-se governador no primeiro turno.

 

Reivindicando sua relevância no tabuleiro das mexidas no xadrez tucano está o senador Álvaro Dias, do Paraná. Reeleito com a maior votação que um senador teve no país, Dias manda um recado direto para Aécio. “O PSDB precisa parar de analisar seus quadros apenas entre São Paulo e Minas”.

 

Presidência do PSDB

 

Passo importante para consolidar o projeto do senador mineiro para 2018 é continuar no comando do PSDB.

 

Aécio preside a sigla desde 2013 e pode enfrentar oposição de São Paulo para ficar no posto. A nova diretoria será escolhida no ano que vem.

 

A permanência na chefia da legenda é vital para o senador dar outros passos. O primeiro: manter uma agenda intensa de viagens pelo país, especialmente no Nordeste, onde o PSDB teve seu pior desempenho na eleição, não elegendo nenhum governador.

 

Em outro lance vital, a presidência da sigla também dará ao mineiro a possibilidade de intervir diretamente na escolha das alianças e candidaturas para as próximas eleições municipais, em 2016.

 

Dependendo das variáveis e de como de movimentarão as principais peças do PSDB, Aécio Neves pode chegar a 2018 bem menor do que em 2014.      

Fonte: Brasil247

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