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Aloysio Nunes comanda fúria tucana

O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) criticou a presidente da República, Dilma Rousseff, em discurso nesta segunda-feira (10) em Plenário. Ele a acusou de mentir durante a campanha eleitoral ao garantir que a inflação e as contas públicas estavam sob controle.

 

Ele afirmou que a inflação não está controlada e salientou que o balanço contábil recém-divulgado pelo governo mostrou que o déficit primário chegou a R$ 25 bilhões em setembro, levando as contas públicas para o vermelho. Aloysio Nunes disse também que o governo escondeu da sociedade, até o segundo turno das eleições, várias informações negativas para o governo.

 

– O segredo é a prática do poder que se oculta. E a mentira é a prática do poder que oculta. Oculta o quê? Oculta a verdade. Mentira e verdade sempre foram termos antitéticos na discussão moral, ética e também política. Moral ética e religiosa. O Talmude equipara a mentira à pior forma de roubo. Celso Lafer, em artigo recente, lembra esse trecho do Talmude. Existem sete classes de ladrões, e a primeira é a daqueles que roubam a mente dos seus semelhantes através de palavras mentirosas.

 

Aloysio Nunes ressaltou que Dilma espalhou durante a campanha que o candidato do PSDB, senador Aécio Neves (MG), acabaria com o Programa Bolsa Família, para assustar o eleitorado, quando Aécio propunha que o Bolsa Família se tornasse uma política de Estado, e não apenas de governo. O senador tucano, que concorreu a vice-presidente na chapa de Aécio, também rebateu a afirmação de Dilma, durante a campanha, de que o PSDB enfraqueceria os bancos públicos.

 

Prato de comida

 

Aloysio Nunes observou ainda que Dilma mentiu ao dizer que a então candidata do PSB, Marina Silva, tiraria comida do prato do trabalhador ao propor a independência do Banco Central.

 

– O que realmente tira prato de comida da mesa do trabalhador é o aumento das tarifas públicas, é o aumento da gasolina, do diesel. E ela disse que não haveria hipótese de tarifaço. Está aí, no jornal. Pouco tempo depois da sua eleição, aumento da tarifa de energias: 15% neste ano e provavelmente mais 15% no ano que vem, para corrigir os efeitos de uma medida desastrada que ela adotou no seu primeiro mandato a pretexto de baixar a conta de energia – criticou.

 

Aloysio Nunes disse por fim que dificilmente a presidente conseguirá o que se propõe a fazer agora: controlar a inflação e conter os gastos públicos. É que, para fazer isso, continuou, o governo teria que manter suas despesas dentro do que arrecada, exatamente o que Dilma Rousseff não fez em sua primeira gestão.

 

Fonte: Agência Senado

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