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Bolsonaro é fraude eleita, por Janio de Freitas

Quando o WhatsApp admite que foram violadas normas com os envios maciços de mensagens “para atingir um grande número de pessoas”, de forma ilegal, nas eleições 2018 que deram vitória a Jair Bolsonaro, a campanha automaticamente teve como base fraude eleitoral.

“A legitimidade da posse de Bolsonaro e do seu cargo presidencial é, portanto, no mínimo questionável e pode mesmo ser insustentável”.

A avaliação é de Janio de Freitas, em sua coluna para a Folha de S.Paulo neste domingo (13).

O uso das ferramentas, com a contratação de empresas para os disparos massivos nas redes sociais já haviam sido reveladas pela Folha em reportagens anteriores.

Mas os crimes iam além do eleitoral, uma vez que se tomou conhecimento do uso de CPFs de pessoas sem elas saberem para os disparos, e também de empresas fantasmas.

Após a abertura de investigação pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), quem saiu punida foi a campanha do opositor de Jair Bolsonaro, Fernando Haddad, acusado de ativar uma página contra o hoje mandatário e que tal ação teria desequilibrado a disputa eleitoral.

“A balança da Justiça tem sensibilidades exclusivas”, comentou Janio.

Além das próprias ilegalidades dos disparos massivos e do uso ilegal de CPF e de empresas fantasmas, as mensagens eram recheadas de Fake News contra principalmente Haddad.

Mas “nada disso despertou a atenção dos que conduzem as instituições ditas democráticas”, escreveu o colunista.

Luis Nassif

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