A conspiração engendrada pelo presidente Jair Bolsonaro contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional, faz parte de um projeto de poder, alimentado por militares da reserva e da ativa, Feke New, milicianos e parte de uma população entorpecida na disseminação da violência pela família Bolsonaro.
Uma de suas várias participações em manifestações contra o Congresso e o STF, influenciadas por ele, afirmou que: “Temos as Forças Armadas ao lado do povo, pela lei, pela ordem, pela democracia e pela liberdade”.
Não é um delírio, é meia verdade. Os militares que defendem a Constituição e a democracia plena têm posição diferenciada.
A verdade por ele praticada vem do espelho que reflete o nazismo.
Vamos elencar algumas mentiras do presidente Jair Bolsonaro sobre o coronavírus.
a – Anunciou a Renda Emergencial como se fosse dele [O valor de até 1200 reais por família é um projeto do PT e demais partidos de oposição, justamente para garantir condições que as pessoas fiquem em casa. A proposta do Paulo Guedes era de apenas 200 reais] em pronunciamento oficial, dia 31/03
b – Defendeu o isolamento vertical [contra todas as recomendações das autoridades sanitárias, inclusive mundiais] em pronunciamento, dia 24/03
c – “O que ele disse, praticamente… Em especial, com os informais, têm que trabalhar”. [distorceu a fala de Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS] em pronunciamento, dia 24/03
d – Desabastecimento de BH [utilizou vídeo de outro contexto, em outra época] em pronunciamento, dia 31/03
e – O primo do porteiro estourou o pneu [fake news espalhada por robô sobre um primo que morreu porque o pneu estourou e foi diagnosticado com Covid-19. Uma estratégia para desacreditar o aumento dos números de casos confirmados que sofrem mais com a subnotificação do que o contrário.] em entrevista a telejornal
Epidemia na China está praticamente acabando entrevista dia 16/03, à Folha
f- Devemos voltar à normalidade em pronunciamento, dia 24/03
As mortes na Itália são invenção da mídia em pronunciamento, dia 24/03
g – 90% de nós não teremos qualquer manifestação caso se contamine em pronunciamento, dia 24/03
h – Pelo meu histórico de atleta em pronunciamento, dia 24/03
i – Gripezinha ou resfriadinho em pronunciamento, dia 24/03
j – Crianças podem ir à escola, porque só idoso corre risco em pronunciamento, dia 24/03
l – Não descumpro qualquer orientação sanitária por parte do Ministério da Saúde, em coletiva, dia 18/03
m – O cara que trabalha na lotérica tem o vidro blindado. O vírus não vai passar por ali, em transmissão ao vivo, 26/03
n – Eu não convoquei ninguém. [esteve na manifestação e contrariou todas as orientações de autoridades sanitárias, expondo inclusive grupos de risco] em coletiva, dia 11/03
o – Pessoas saudáveis e abaixo dos 60 anos não correm grandes riscos em pronunciamento, dia 24/03
p – Muito do que tem ali é fantasia. Não é isso tudo que dizem, em discurso em Miami, dia 10/03
Fatos já registrados em quase toda imprensa nacional.
Portanto, esse é um governo baseado na desinformação, descrédito da ciência e ataque aos direitos da classe trabalhadores e às autoridades supremas que defendem e fazem cumprir a Constituição Federal.
O primeiro projeto do governo Bolsonaro é construir as condições objetivas para fechar o Congresso e a Suprema Corte, abrindo o caminho para uma ditadura fascista militar.
Nos governos da ditadura militar nunca vimos uma quantidade de militares encastelados na administração federal como presenciamos agora. É a prova de cooptação das forças armadas, da qual foi um péssimo integrante, segundo avaliação de seus superiores hierárquico incluindo generais.
Em um dos ataques ao STF o presidente do Supremo respondeu forte e não citou o nome do presidente.
“O poder que não é plural é violência. Na democracia divergências são equacionadas nas vias institucionais adequadas, preestabelecidas na Constituição, a qual dita as regras do jogo democrático, jamais por meio de agressões ou de ameaças à esta instituição centenária ou a qualquer de seus ministros”.
O projeto bolsonarista está sofrendo o seu maior desgaste pelos erros estratégicos que surgiram com a chegada do coronavírus, até então tudo seguia conforme o planejado.
Os Bolsonaros conseguiram construir mais uma crise política e abalaram os alicerces do futuro ao desconhecer uma tragédia na pandemia, provocada pelo novo coronavírus no país.
A perda constante de apoio popular desnorteia a construção do pano de fundo do seu projeto e pode consolidar um impeachment.
Esse, atualmente, é o pior governo que o Brasil enfrenta.
Carlos Lima