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Com a morte de Campos, PSB decide campanha presidencial

A trágica morte de Eduardo Campos, candidato à presidência da república pelo PSB, dará novos rumos à corrida presidencial.

Para Aldo Fornazieri, cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP), o caminho natural é que a candidata à vice de Eduardo Campos, Marina Silva (PSB), assuma a cabeça da chapa na concorrência às eleições deste ano.

“Ainda há tempo hábil para a substituição em caso de renúncia e a Marina é a pessoa mais conhecida, foi candidata nas últimas eleições e teve 20% dos votos. Não vejo outro nome que possa ser lançado que não o dela”, disse.

De acordo com a resolução nº 23.405, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a substituição de candidatos pode ser requerida pelos partidos “até 20 dias antes do pleito, exceto no caso de falecimento, quando poderá ser solicitada mesmo após este prazo”.

A única condição é que o pedido de registro seja feito “em até 10 dias contados do fato ou da notificação do partido da decisão judicial que deu origem à substituição”.

O substituto, diz o texto, pode ser filiado a qualquer partido integrante da coligação e, portanto, há a possibilidade de que outra pessoa seja indicada para concorrer à presidência em nome da chapa.

Fornazieri acredita, entretanto, que caso o nome de Marina não seja indicado, a probabilidade é de que haja uma descontinuidade da campanha da coligação.

“Nesse caso, o PSB faria um realinhamento com os candidatos já postos, mas a tendência mais provável é que Marina seja a substituta”, disse.

Nos próximos dias, o PSB deve ser reunir para decidir os rumos da campanha. “É preciso que haja tanto do PSB quando da própria Marina, e sabemos que, além de ela precisar viver o luto, as relações com o partido são tranquilas”, disse o especialista.

A decisão da coligação deve ser comunicada em breve, já que a propaganda eleitoral gratuita se inicia na próxima terça-feira (19).

 

 

Fonte: Redação/Exame

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