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Com Eduardo embaixador, Bolsonaro aproxima Brasil de ditaduras, aponta mídia alemã

A agência de notícias alemã Deutsche Welle criticou duramente a possível indicação de Eduardo Bolsonaro como embaixador do Brasil nos Estados Unidos.

“No moderno mundo da diplomacia internacional, a iniciativa por parte de um chefe de Estado ou de governo de entregar uma embaixada para algum parente só encontra paralelos em ditaduras ou pequenos países subdesenvolvidos que aparecem no topo de rankings que medem corrupção. Grupos esses que incluem Arábia Saudita, Chade, Uzbequistão e Armênia”, aponta a reportagem da agência.

“Nenhuma das principais democracias do mundo registra algum caso parecido na história recente. Há casos de doadores de campanha ou de políticos que ganham postos como parte de acordos, mas nenhum episódio que envolva parentes diretos de um governante. Nos Estados Unidos, o único caso registrado envolve um presidente do final do século 18”, aponta o texto.

O paralelo mais recente é o da ditadura saudita.

“O rei Salman, da Arábia Saudita, que chefia uma monarquia absolutista que mantém seu poder com mão de ferro desde a década de 1930, tomou a iniciativa de indicar em 2017 um de seus filhos para a embaixada do seu país em Washington.

Tal como Eduardo, Khalid bin Salman não tinha nenhuma experiência diplomática quando assumiu a chefia da representação saudita nos EUA, aos 28 anos.

Ele acabou deixando o posto em 2019. Foi substituído por uma princesa, também da família Saud e neta de um antigo príncipe herdeiro que nunca assumiu o trono.”

DW Brasil

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