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DILMA JÁ DESARMOU DUAS BOMBAS. AINDA FALTA UMA

No dia de ontem, a presidente Dilma Rousseff completou, no Panamá, onde se realiza a Cúpula das Américas, os primeiros 100 dias do seu segundo mandato.

 

Sem trégua e sem direito a “lua de mel”, ela foi massacrada em editoriais da imprensa familiar e também em textos distribuídos pelo oposição, como no artigo “100 noites de governo Dilma”, produzido pelo Instituto Teotônio Vilela, ligado ao PSDB.

 

Os primeiros 100 dias, no entanto, produziram resultados importantes em, pelo menos, duas áreas que pareciam comprometidas. A mais importante delas, a Petrobras.

 

Desde a chegada de Aldemir Bendine à presidência, a estatal saiu das cordas e avançou na preparação do seu balanço, que será publicado dentro das próximas semanas.

 

Com isso, dissipou-se o risco de que a empresa tivesse antecipado o vencimento de suas dívidas. Resultado: em duas semanas, as ações da empresa já subiram mais de 40% e a tendência é que continuem escalando a ladeira.

 

Na área política, a rebelião dos caciques Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Renan Calheiros (PMDB-AL) foi contida pela escolha do vice-presidente Michel Temer para coordenar a Articulação Política.

 

Resultado: duas CPIs que estavam prontas para ser instaladas, a dos fundos de pensão e a do BNDES, caíram depois que várias assinaturas foram retiradas.

 

Não é pouca coisa para um governo que, no início do segundo mandato, era apontado como uma administração com prazo de validade.

 

Os acertos na Petrobras e no campo político tornam remotíssimas as possibilidades de golpe, renúncia ou impeachment. Ou seja: tudo indica que o País deverá, aos poucos, retomar uma normalidade, que já vem sendo pressentida pelo mercado financeiro – ontem, pela primeira vez no ano, o Ibovespa superou 54 mil pontos e analistas já apostam na marca dos 60 mil.

 

Ainda falta, no entanto, desarmar a terceira bomba colocada no colo da presidente Dilma, que é a paralisia das obras de infraestrutura, em decorrência da Lava Jato.

 

Para isso, o caminho natural será acelerar os acordos de leniência entre construtoras investigadas e a União, para que as empreiteiras voltem a ter acesso a mecanismos de crédito.

 

Não por acaso, impedir os acordos de leniência é, hoje, um dos principais objetivos da oposição. “Eles não têm segurança jurídica”, disse o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), que, embora do PMDB, é mais alinhado ao grupo do senador Aécio Neves (PSDB-MG).

 

A paralisia do País e das obras de infraestrutura atende à lógica do ‘quanto pior, melhor’, traçada pelo ex-governador paulista Alberto Goldman, que apontou a derrocada econômica como uma das precondições de um eventual impeachment.

 

Dilma, no entanto, já desarmou as bombas da Petrobras e do PMDB e, ao que tudo indica, será capaz de desarmar a terceira.

Fonte: Brasil 247

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