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“Em cima do muro”, sucessor de Feliciano diz que não é a favor, e nem contra gays

Parece ser uma situação cômoda para o novo presidente da Comissão de Direitos Humanos da Cãmara, deputado Assis do Couto (PT-PR) disse, em entrevista ao G1, que não é favorável nem contra a relação amorosa entre duas pessoas do mesmo sexo.    

Ele sucede na presidência da comissão o deputado Marco Feliciano (PSC-SP), que acumulou polêmicas na presidência do órgão devido a posições consideradas homofóbicas e racistas por entidades de defesa das minorias.

Autodeclarado católico, Couto diz que a comunidade de lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e transgêneros (LGBT) será ouvida neste ano na comissão, embora ele admita discordar de pontos defendidos pelos militantes homossexuais.

“Pessoalmente, por convicção, não que eu seja contrário, mas não tenho posição a favor e não me oponho à relação homoafetiva. Quanto ao casamento [gay], é complexo. Não tem como ter posição porque são várias nuances. Eu preciso aprofundar o tema”, afirmou o parlamentar petista. “É complexo, mas terá que ser discutido […] A comunidade LGBT, que não teve em 2013 espaço na comissão, será ouvida, ainda que por princípio eu discorde de alguns pontos”, disse.

Couto assumiu a presidência da Comissão de Direitos Humanos no último dia 26. Durante o período em que Feliciano esteve à frente da comissão, foi aprovada proposta que susta os efeitos de resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de proibir a cartórios negar pedidos de casamento entre pessoas do mesmo sexo. Na gestão de Feliciano, também foi aprovado texto que autoriza que psicólogos a trabalharem pela chamada “cura gay”.

O novo representante da comissão começa com cautela, resta saber se a comunidade GLBT verá tal imparcialidade com bons olhos.

 

Fonte: Redação com informações do G1/ Foto: Lucio Bernardo Jr

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