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Em jantar do PSDB, Alckmin perde a paciência

Alckmin perdeu a paciência em reunião de campanha

Num jantar, ele jogou um guardanapo na mesa e perguntou a correligionários do PSDB se eles preferiam ter outro candidato e que escolhessem o nome.

Foi num hotel nos Jardins na noite de segunda, dia 4, na presença de próceres tucanos como Marconi Perillo, Beto Richa, Paulo Bauer, Nilson Leitão, o ex-ministro Bruno Araújo, José Aníbal e o coordenador de campanha Samuel Moreira.

Havia um consenso de que “a pré-campanha está com problemas organizacionais”.

Alguns dos presentes relataram situações estaduais sem encaminhamento e o que consideram um problema crônico de comunicação. Foi a famosa “lavagem de roupa suja”, mas segundo a reportagem apurou, com o comedimento típico das reuniões com Alckmin e com tom propositivo por parte dos presentes.

O ex-governador ouviu até explodir, dando um susto nos comensais. Elevou a voz, fez o discurso em que sugeriu que escolhessem outro nome para a vaga de presidenciável e na sequência os admoestou. Disse que todos sabiam exatamente qual o trabalho que deveriam fazer e que não lhe caberia indicar nomes para todas as tarefas. (…)

O tucano tem defendido, em público e em privado, que o momento atual é de muita especulação e que a campanha realmente só começa com o início do horário eleitoral na TV em agosto. Até lá, acredita que patinará no segundo pelotão das pesquisas eleitorais e advoga paciência dos correligionários.

Defende que o líder Jair Bolsonaro (PSL), Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT) irão perder fôlego e que o nome que o PT deverá indicar no lugar de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que pela lei estará inelegível além de preso, irá crescer e polarizar novamente com o PSDB.

Nem todos na mesa concordam com a avaliação, mas todos disseram que é necessário azeitar melhor o comando político da pré-campanha, em especial a relação com siglas aliadas, potencialmente aliadas e na costura de palanques estaduais.

Igor Gielow

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