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Empresários não gostaram de ida surpresa ao STF com Bolsonaro

Presidente engana empresários

Alguns empresários que participaram nesta quinta-feira (7) de reunião com Jair Bolsonaro e com o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, não gostaram de terem sido pegos de surpresa, de acordo com Guilherme Amado, da Época.

Os empresários da Coalizão Indústria, liderada por Marco Pollo, do AçoBrasil, estavam com Bolsonaro em uma reunião quando um assessor da presidência telefonou ao STF e Toffoli concordou em recebê-los.

Bolsonaro então anunciou, de surpresa, a ida ao Supremo. Os empresários não ficaram à vontade com a situação.

A visita não constavd na agenda oficial do presidente. O chefe do Executivo estava acompanhado do ministro da Economia, Paulo Guedes e uma comitiva de empresários do Instituto Aço Brasil e Coalizão Indústria. Aglomerados, todos estavam usando máscaras.

A visita pegou até mesmo o presidente do Supremo, Dias Toffoli, de surpresa.

A segurança da Corte e o cerimonial tiveram que se organizar as pressas para receber o chefe do Executivo.

Bolsonaro permaneceu no STF por cerca de 50 minutos. No encontro, disse que assinará um decreto para ampliar a quantidade de atividades essenciais em meio à pandemia do novo coronavírus.

Uma equipe de plantão da TV Justiça precisou deixar o cronograma previsto de lado para acompanhar o encontro.

Encontro

O discurso do presidente foi transmitido através de uma rede social. Na fala, Bolsonaro destacou a crise provocada pelo coronavírus e as “aflições” causadas ao empresariado em razão do desemprego e da economia “não mais funcionar”.

Bolsonaro reforçou que os empresários desejam que o STF ouça deles o que está acontecendo.

“O objetivo da nossa vinda aqui, nós sabemos do problema do vírus, que devemos ter todo cuidado possível, preservar vidas, em especial daqueles mais em risco, mas temos um problema que vem cada vez mais nos preocupando: os empresários trouxeram essas aflições, a questão do desemprego, a questão da economia não mais funcionar. O efeito colateral do combate ao vírus não pode ser mais danoso que a própria doença”, declarou.

“Chegou a um ponto que a economia fica muito difícil de recuperar. Nós, chefe de poderes, temos que decidir. O Toffoli sabe que, ao tomar decisão, de um lado ou de outro, vai sofrer critica”, disse Bolsonaro.

Ainda no discurso, Bolsonaro disse que o efeito colateral do combate ao coronavírus “não pode ser mais danoso que a própria doença”.

O presidente tem comparado o Brasil a um paciente com “duas doenças”, que, na opinião dele, são na saúde e na economia.

Mais uma vez o presidente fez uso da classe empresarial para coloca em pratica sua ação genocida.

A revolta e a discordância dessa atitude foi unânime dos empresários que se sentiram usados pelo presidente.

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