O acordo entre Rodrigo Maia e o centrão para que a emenda do Orçamento Impositivo fosse votada antes do relatório sobre a PEC da Previdência já tinha toda a pinta de ser um estratagema para adiar a votação da proposta previdenciária.
Disfarçado, claro, porque prometiam votar “a jato” a proposta de tornar obrigatório o pagamento das emendas parlamentares ao orçamento retomar em seguida a PEC previdenciária, embora a gente saiba que votar que 2+2 são quatro, quando se quer, dura uma eternidade.
Mas o Governo parece querer desfazê-lo, comocando numa “saia justa” o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Felipe Fracischini, que disse agora há pouco que vai colocar em votação o requerimento de inversão de pauta e, de fato, colocou o Orçamento impositivo na relação dos projetos a serem votados.
Sozinho, o governo não tem a menor chance de manter a pauta e, se tentar, só conseguirá estender o impasse.
A menos que queira, apenas, “marcar posição”.
Salvo por um milagre, o relatório não será aprovado antes da Semana Santa.
E, portanto, a reforma não irá a plenário antes do segundo semestre.
FERNANDO BRITO