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Justiça determina que dinheiro de ‘aloprados’ vá para a União

A Justiça Federal decidiu repassar à União o dinheiro apreendido com dois membros do PT às vésperas das eleições de 2006, no caso que ficou conhecido como escândalo dos “aloprados”. O valor é de cerca de R$ 1,7 milhão. O montante foi encontrado pela Polícia Federal em um hotel em São Paulo, em 15 de setembro de 2006, com Gedimar Pereira Passos –que trabalhava na campanha para reeleição do ex-presidente Lula -e Valdebran Padilha-arrecadador da campanha do PT à Prefeitura de Cuiabá em 2004.
Segundo o Ministério Público Federal em Mato Grosso, o valor seria usado para a compra de um suposto dossiê que revelaria o envolvimento do então candidato ao governo de São Paulo, José Serra (PSDB), com a organização criminosa que ficou conhecida como “máfia dos sanguessugas”, de compra de ambulâncias superfaturadas.
A decisão de entregar o dinheiro à União é do juiz federal Paulo Sodré, já que ninguém reivindicou a propriedade do montante. A origem de parte do dinheiro continua desconhecida.
Em junho de 2012, a Justiça Federal aceitou denúncia do MPF-MT contra nove pessoas por crime contra o sistema financeiro nacional, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
Na época da denúncia oferecida pelo MPF, o advogado de Valdebran Padilha, Luiz Antônio Lourenço, afirmou que seu cliente foi preso quando fazia um favor ao suposto autor do dossiê, Luiz Antonio Vedoin.
Segundo o defensor, Padilha foi ao encontro em São Paulo para “buscar documentos”, ignorando seu conteúdo e a origem do dinheiro.

Fonte: Folha

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