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Lula na Europa: Guedes e Heleno mostram a desqualificação de Bolsonaro

Lula na Europa

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teceu duras críticas contra membros do governo de Jair Bolsonaro e alertou que alguns dos comentários realizados nos últimos dias pela cúpula do Palácio do Planalto escancaram o despreparo da administração.

O petista, depois de visitar o papa Francisco, agora prepara uma nova viagem para a Europa. No início de março, ele estará em Paris, Genebra e Berlim.

“Se você pega o discurso do general Augusto Heleno, propondo uma desobediência ao Congresso Nacional, o Congresso tem obrigação de chamar para se explicar se ele estava propondo ao Bolsonaro um golpe para fechar o Congresso Nacional”, afirmou Lula em entrevista à coluna.

Ele se referia aos comentários do ministro do Gabinete de Segurança Institucional sobre a necessidade de que o Executivo não aceitasse “chantagens” do Congresso e que Bolsonaro colocasse o povo nas ruas contra o Legislativo.

“Eu não sei como ele (Heleno) foi aprovado para general com esse comportamento”, criticou. “Sinceramente, no tempo do regime militar, eles tinham mais respeito pela Constituição.

Tratavam da ordem democrática com um pouco mais de sensibilidade. Com todos os erros da tortura, mas não era a grosseria, o fanatismo que temos agora. Isso me deixa preocupado”, disse.

Lula também criticou o ministro da Economia, Paulo Guedes, por seus comentários. “O Guedes, quando fala das empregadas que vão para Miami, essa gente não está qualificada para presidir uma nação”, afirmou.

“Quando eles falam que foram num quilombo e que tinha um negro que pesava não sei quantos quilos de arroba, que índios são preguiçosos, isso era falado em 1650 no Brasil e continuam falando”, disse.

Coluna de Jamil Chade

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