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Maia: “negociem comigo ou nada feito”

Esperança de vazio político faz Maia falar grosso

A entrevista “falando grosso” de Rodrigo Maia na edição deste domingo da Folha não é exatamente uma prova de força do presidente da Câmara.

É, antes, sinal da fraqueza dos candidatos conservadores.

Atira para todos os lados e “esnoba” os candidatos neste campo: Henrique Meirelles e Geraldo Alckmin.

Sobre o czar da economia em ruínas:

[Meirelles] precisa responder rapidamente é se tem ou não tem o partido dele [PSD] para organizar a eleição. O partido dele vai até o final com ele ou não?

E do  anêmico Geraldo Alckmin:

Nós podemos atrair o PSDB, mas quem quer receber apoio tem que estar pronto para apoiar. Se a discussão impõe que o PSDB terá candidato de qualquer jeito, primeiro vamos construir nosso caminho.

Reparem que diz que o DEM, tradicional satélite dos tucanos, está de igual para igual com o antigo “mestre”.

Esnoba Temer, claro, dizendo que um candidato não precisa ter seu nome tatuado na testa. Tatuagem na testa, claro, neste caso é estigma.

Numa quase ameaça, diz que se a reforma da Previdência não for votada na data (re)marcada para fevereiro, é melhor “deixar pra lá”. Que firmeza, não é?

Na arrogância que assumiu depois do protagonismo que lhe caiu ao colo com a desgraça de Eduardo Cunha, não se acanha de arrotar a grandeza de quem se reelegeu deputado com 53 mil votos, apenas o 29° mais votado no Rio:

Quem hoje dentro do DEM tem as melhores condições eleitorais? ACM Neto. Quem dentro do DEM tem hoje as melhores condições políticas? Sou eu. Friamente falando, sem frescura.

Friamente, sem frescura, põe a faca no pescoço de todos eles: “negociem comigo ou nada feito”.

Fernando Brito

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