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Marcelo Crivella vira réu por improbidade administrativa

Marcelo Crivella se torna réu - foto arquivo

A Justiça estadual do Rio aceitou uma denúncia contra o prefeito da capital fluminense, Marcelo Crivella, por improbidade administrativa.

O político do PRB e membro da IURD é investigado em ação civil pública (íntegra) apresentada pelo Ministério Públicopor uma reunião com pastores evangélicos realizada no início de julho no Palácio da Cidade.

A decisão foi assinada na 4ª feira (12.set.2018) pelo juiz Eduardo Klausner, da 7ª Vara de Fazenda Pública do Rio. Caso seja condenado no caso, Crivella pode perder o mandato e ter direitos políticos suspensos.

Em nota, a Prefeitura do Rio afirmou que a decisão configura um rito processual comum, que será respondido no prazo legal.

“O prefeito Marcelo Crivella recebeu com tranquilidade a notícia. E tem a convicção de que a Justiça só vai comprovar mais um equívoco jornalístico. Aliás, erro grave, que manipulou a opinião pública e atentou contra a democracia“, diz o texto.

A denúncia acusa o prefeito de violar os princípios de laicidade do Estado. O documento enumera casos em que Crivella é suspeito de oferecer vantagens a seus correligionários.

A peça foi apresentada pelo Ministério Público após um encontro do prefeito com cerca de 250 pastores evangélicos no Palácio da Cidade, sede da Prefeitura do Rio.

No evento, em 4 de julho de 2018, o prefeito afirmou que poderia resolver problemas dos fiéis, como agilizar o acesso a cirurgias de catarata, varizes e vasectomia.

A ação também menciona o episódio que ficou conhecido com “censo religioso na Guarda Municipal”, no qual os servidores da guarda foram orientados a preencher um questionário que incluía perguntas sobre sua orientação religiosa.

Há ainda investigação sobre o uso de espaços públicos para eventos cristãos, corte de verbas para eventos de religiões de matriz afro-brasileira e realização de eventos da Igreja Universal em escolas públicas.

Tales Faria

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