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No segundo turno, Dilma venceria Aécio por 53% a 47% e Marina por 55% a 47%.

As últimas pesquisas Datafolha e Ibope antes da eleição de domingo mostraram uma inversão na disputa pelo segundo lugar, e pela primeira vez Aécio Neves (PSDB) está em vantagem numérica sobre Marina Silva (PSB), mas a situação ainda é de empate técnico entre os dois.

 

Apesar do empate estatístico, como a vantagem numérica é de Aécio nos dois levantamentos divulgados neste sábado e sua trajetória de intenção de votos é ascendente e a de Marina descendente, os dados indicam que o tucano será o adversário da presidente Dilma Rousseff (PT), que tenta a reeleição, no segundo turno.

 

Dilma segue com folga na liderança da corrida presidencial, mas não o suficiente garantir sua vitória já no primeiro turno. Considerando os votos válidos (que excluem brancos, nulos e indecisos), a presidente tem 44 por cento no Datafolha e 46 por cento no Ibope –nos levantamentos anteriores conhecidos na quinta-feira, ela tinha, respectivamente, 45 e 47 por cento.

 

Já Aécio teve um forte impulso final: ele passou a 26 por cento no Datafolha e a 27 por cento no Ibope –na quinta-feira, o tucano tinha 24 e 22 por cento.

 

Marina, enquanto isso, acentuou sua trajetória de queda, passando a 24 por cento no Datafolha e no Ibope –ante 27 e 28 por cento, respectivamente.

 

Como a margem de erro das duas pesquisas é de 2 pontos percentuais, o tucano e a candidata do PSB estão em situação de empate técnico.

 

Considerando o eleitorado total, as duas pesquisas mostram que ainda há 5 por cento de indecisos. Os que planejam votar branco e nulo são 4 por cento pelo Datafolha e 7 por cento pelo Ibope.

 

No início de setembro, Marina –que se tornou presidenciável com a morte de Eduardo Campos num acidente aéreo em meados de agosto– chegou a ter de 20 pontos percentuais de vantagem sobre Aécio pelo Datafolha e de 18 pontos pelo Ibope.

 

Com menos de um quinto do tempo de TV da campanha de Dilma e menos da metade da tucana, Marina passou a ser alvo do que no jargão político se chama processo de “desconstrução”.

 

De um lado, a propaganda de Dilma procurava mostrar os supostos efeitos negativos de propostas de Marina, como a independência formal do Banco Central, e sua falta de apoio político.

 

De outro, Aécio explorava o sentimento antipetista de parcela do eleitorado lembrando os longos anos de PT da candidata do PSB, além de citar a falta de experiência e contradições entre posições atuais e anteriores da ex-senadora e ambientalista.

 

Considerado carta fora do baralho em vários momentos no início de setembro, Aécio caminha para conseguir uma virada inédita para essa fase da campanha.

 

SEGUNDO TURNO

 

As simulações de segundo turno das duas sondagens mostram vitória de Dilma nos quatro cenários possíveis, mas com placares diferentes.

 

Pelo Datafolha, Dilma vence Aécio por 48 a 42 por cento das intenções de voto –na pesquisa anterior a vantagem era de 48 a 41 por cento. Contra Marina, a petista ganha de 49 a 39 por cento (ante 48 a 41 por cento).

 

O Ibope mostra vitória da presidente por 45 a 37 por cento contra os dois adversários. Mas no caso de Aécio o resultado para a presidente é bem pior do que na última pesquisa (quando foi de 46 a 33 por cento), enquanto contra Marina a vantagem é praticamente a mesma (era 43 a 36 por cento).                      

Fonte: Alexandre Caverni

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