Em jantar que teve com os presidentes do Senado e da Câmara de Deputados, Davi Alcolumbre e Rodrigo Maia, na noite de quinta-feira, 2, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, revelou aos parlamentares o tenso diálogo que teve com Jair Bolsonaro por telefone.
As informações são de Manoel Schlindwein, na VEJA.
Durante a ligação, Bolsonaro teria pedido a Mandetta que renunciasse para deixar o governo.
O ministro da Saúde rebateu: “o senhor que me demita, presidente”.
O médico ainda falou para ele que se responsabilizasse sozinho pelas mortes causadas pelo coronavírus, que já infectou mais de 8 mil brasileiros e matou 343.
O jornalista escreve que, “apesar da tensa discussão, Mandetta trabalhou normalmente nesta sexta (3) e já participou de uma série de reuniões”.
No jantar com os chefes do Legislativo, Mandetta disse que a situação com Bolsonaro era “insustentável” por estar sendo boicotado e atacado pelo presidente e seus aliados.
Maia e Alcolumbre, entretanto, teriam-no pedido para se manter “o máximo possível” no cargo.
Maia, em entrevista por videoconferência ao Valor Econômico, disse que Bolsonaro “não tem coragem de tirar o ministro e mudar oficialmente a política de enfrentamento à pandemia”.
Bolsonaro confirmou, ressaltando que não pode “demitir ministro em meio ao combate”, mas que Mandetta “está extrapolando”. “Nenhum ministro meu é indemissível”. (Informações do jornalista Manoel Schlindwein)
A situação tende a se agravar e prejudicar as ações do ministro pelo boicote ao atendimento das necessidades do ministério da Saúde ao combate do coronavírus.
Essa perseguição ao ministro Mandetta, será a derrocada de Bolsonaro. (cljornal)