Tempo - Tutiempo.net

Padilha: Governo quer aprovar reforma da Previdência este ano

Reforma foi enviada em 2016 e já foi aprovada por uma comissão. Falta votação no plenário.

Depois de barrar no plenário da Câmara o prosseguimento da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, o governo retomará as articulações em torno da reforma da Previdência, informou o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, que era um dos alvos da acusação da Procuradoria Geral da República (PGR).

Aliado mais próximo do presidente Michel Temer, Padilha afirmou que o objetivo do Palácio do Planalto é aprovar ainda neste ano no Congresso Nacional as mudanças nas regras previdenciárias.

A reforma foi enviada pelo governo em dezembro do ano passado. As mudanças já foram aprovadas por uma comissão da Câmara, mas o plenário da Casa ainda precisa analisar as propostas. Em seguida, caberá ao Senado discutir a reforma da Previdência.

“Queremos aprovar a reforma da Previdência ainda em 2017”, afirmou Eliseu Padilha, logo após a Câmara rejeitar a denúncia.

Mas o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já avaliou, nesta quarta, que Temer precisa refletir e avaliar como “restabelecer” a base e conseguir aprovar os projetos de interesse.

Na manhã desta quinta (26), ao participar, em Brasília, de um evento do Tribunal de Contas da União (TCU), Eliseu Padilha ressaltou que a reforma da Previdência é uma pauta que “interessa tanto ao governo quanto ao Congresso”.

“O presidente Rodrigo Maia já ontem [quarta] manifestou interesse de que a gente possa fazer com que ande a reforma da Previdência. A reforma da Previdência é fundamental para o Brasil. Nós não podemos pensar em entrar em 2019 sem a reforma da Previdência”, enfatizou.

Indagado sobre a estratégia do Planalto para retomar as discussões da reforma previdenciária depois de ter visto sua base de apoio no Legislativo minguar com as duas denúncias contra Temer, o chefe da Casa Civil demonstrou interesse em valorizar o papel de Rodrigo Maia na tramitação da reforma, destacando que o governo consultará o deputado do DEM para sondar qual é a proposta de calendário dele.

Em meio à análise da segunda denúncia, o presidente da Câmara se afastou de Michel Temer, fez duras críticas a movimentos do governo e do PMDB e reclamou do advogado do peemedebista, que havia classificado de “criminoso vazamento” a divulgação dos depoimentos de delação premiada do doleiro Lúcio Funaro, material disponibilizado pela casa legislativa.

“Vamos ver com presidente Rodrigo Maia qual é o calendário que ele propõe [para a reforma da Previdência]. E também temos que ver com ele e com os líderes da Câmara quais são os tópicos que circunstancialmente nós devemos que enfocar com mais veemência neste momento”, ponderou Padilha.

 Guilherme Mazui

OUTRAS NOTÍCIAS