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Para vereador, parir em Feira é tormento para mulheres

Na manhã desta sexta-feira (12), durante sessão especial da Câmara, que debateu questões referentes ao fechamento da maternidade do Hospital Dom Pedro de Alcântara e outros temas de interesse público, o vereador José Carneiro (PSL) explanou sobre a situação difícil vivida por parturientes no município de Feira de Santana.

 

“Parir em Feira de Santana tem sido, verdadeiramente, um dos piores momentos enfrentados pela mulher. As mulheres grávidas têm peregrinado de hospital em hospital em busca de uma única vaga de maternidade e nem sempre conseguem. Tem vivido momentos de amargura e constrangimento por passar por trabalho de parto dentro de um táxi, do carro próprio, de viaturas ou de carros de reportagens”, afirmou.

 

Carneiro, que propôs a sessão, destacou a necessidade da discussão sobre saúde pública e da busca de soluções. “Diante de situações como essa é que nós sugerimos aos colegas vereadores a realização de uma sessão especial para discutirmos questões importantes, exatamente o que se fala da possibilidade do fechamento da maternidade do Hospital Dom Pedro de Alcântara”, justificou.

 

O vereador citou ainda números apresentados pelo provedor da Santa Casa da Misericórdia, Outran Borges. “Um cateterismo é pago pelo Planserv em torno de R$ 2.600, enquanto o SUS repassa R$ 600 reais. Um medicamento Matergan que custa em torno de R$ 300, o SUS paga apenas R$ 98,00”, informou.

 

O edil também teceu críticas ao Governo do Estado. “O governador Jaques Wagner afirma que as ações dependem muito do Governo Federal e que é preciso buscar a profissionalização da gestão das Santas Casas. Também enfatiza que o controle exige a prestação de contas de cada custo dos convênios, mas se diz mal informado sobre a real situação da Santa Casa de Feira de Santana”, afirmou.

 

Ele pediu sensibilização do poder público para o assunto. “Não podemos admitir que o povo continue pagando pela insensibilidade das nossas autoridades. Vamos provocar uma discussão mais ampla e quem sabe sensibilizar os nossos verdadeiros representantes a não permitir que, além de sofrer, as mulheres passem por tanto constrangimento em nossa terra”, cobrou.

Fonte: Ascom / Câmara

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