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PF ABRE INVESTIGAÇÃO SOBRE A RELAÇÃO ODEBRECHT-INSTITUTO FHC

PF investiga Instituto FHC

O Instituto FHC passará a ser investigado pela Polícia Federal no âmbito da Operação Lava Jato.

A suspeita é de que tenha havido desvios de finalidade ou ocultação de origem em pagamentos feitos pelas empreiteiras Odebrecht e Braskem à entidade, que nega qualquer irregularidade.

A informação é do portal Fato Online.

Segundo a reportagem, laudos da PF apontam que o iFHC recebeu R$ 975 mil da Odebrecht entre novembro de 2011 e dezembro de 2012.

Oficialmente, os valores estão registrados como sendo de doações feitas ao fundo de manutenção da entidade.

Mas a PF suspeita que sejam pagamentos de palestras ou serviços de consultoria prestados pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não contabilizados.

E-mails trocados entre funcionários do instituto e executivos da Braskem, interceptados pela PF, dão indícios de que a entidade não gostaria de registrar os serviços prestados pelo ex-presidente tucano às empresas.

Em uma das mensagens, uma funcionária do iFHC questiona um funcionária da Braskem qual seria a melhor foram de a empresa efetuar “doações” à entidade, uma vez que o instituto poderia firmar contrato, mas não associar a qualquer tipo de serviço de FHC.

“Não podemos citar que a prestação de serviço será uma palestra do Presidente”, diz trecho do e-mail. De acordo com a PF, “dessa forma, é possível que outros pagamentos da Odebrecht tenham sido feitos e não tenham sido encontrados”.

O pagamento ao Instituto FHC foi feito em 11 parcelas mensais de R$ 75 mil e um de R$ 150 mil.

O documento de 26 de outubro de 2015 da PF analisou contas da construtora que “possibilitaram identificar registros contábeis indicativos de pagamentos feitos a ex-agentes políticos ou instituições e empresas a ele vinculados”.

Em nota, o instituto argumentou que as doações eram para manter a entidade e definiu as acusações como “absurdo”.

Quem fiscaliza os fiscais

A monstruosidade do pagamento “atrasados” de auxílio-moradia no valor de R$ 1 bilhão ao Ministério Público de Minas Gerais.

Hoje, sucessivas matérias, cada uma delas com uma vergonha.

A primeira, a decisão do STF de que o teto constitucional, finalmente, vai valer, mas ficam fora dele os auxílios generosos pagos a título de auxílio-moradia generalizado a juízes e promotores, auxílio-saúde de 10% e outros, como escola das crianças, e lá vai uma montanha de outros, de “natureza indenizatória” e, com isso, fora do teto e até dos impostos.

Logo a seguir, as compras do Tribunal de Justiça do mesmo estado, que gastou, em 2013 e 2014, quase meio milhão dem copos, xícaras e pratos, com o requinte de encomendar, no edital, que seu brasão fosse impresso nos apetrechos com  “tintas importadas específicas para porcelana, vidro e cristal”,  nas cores “verde bandeira, preto, vermelho, azul claro, marrom, cinza, dourado e rosa bebê”. Isso depois dos lanches de R$ 770 mil para os magistrados.

Por fim, a enésima matéria sobre os vencimentos de servidores do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro – não pense que nos outros nãos é assim – que chegam a R$ 32 mil para um motorista.

Não sou nenhum moralista e não defendo salário miserável para ninguém.

Mas é inacreditável que neste país onde os”fiscais” da moralidade pública que se autoconcedem este tratamento nababesco, sejam vistos como “salvadores da pátria”.

E os servidores e dirigentes, que têm de tomar as iniciativas sem as quais o serviço público para, acovardados e temerosos diante dos seus deveres, sabendo que qualquer “sua excelência”, num minuto, o expõe como desonesto, o que hoje basta para que o servidor seja julgado ladrão por uma opinião pública envenenada ao extremo.

Quem não pratica a austeridade em casa tem de ser visto com muitas reservas quando vai julgar a moralidade alheia.

Luciano Attuch

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