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Poder Legislativo; Poder Judiciário e o ‘Poder do Moleque’

Moleque, uma qualificação ADEQUADA

Não há condições de chamar, a esta altura, um “diálogo institucional” entre os poderes da República, já que “Bolsonaro é chamado de moleque no Supremo e ministros dizem que TSE não ficará mais só no palavrório“.

O que há para conversar com um moleque que, não sendo moleque por idade, é porque mente, dissimula, cria histórias para justificar o que não é mais que seu desejo egoísta de continuar dono de um brinquedo chamado Brasil.

Todos viram Jair Bolsonaro dizer que “os mesmos que soltaram Lula é que vão apurar os votos”.

Os ministros do STF que integram o TSE – Alexandre de Moraes, Edson Fachin, e o presidente da corte eleitoral, Luís Roberto Barroso – votaram TODOS contra o fim da prisão em segunda instância que tirou Lula da cadeia.

O “especialista” Eduardo que distorceu dados eleitorais, na live de ontem, da mesma forma, foi exibido de forma mentirosa: trata-se de um coronel da reserva pendurado num cargo do Planalto, pessoa de confiança dos generais Luiz Eduardo Ramos e Walter Braga Netto e não tem qualquer expertise em sistemas eletrônicos.

Anunciada como “bombástica”, a live foi apenas uma “bomba na latrina”, com muito barulho e pouco conteúdo, para fingir uma questão técnica onde há apenas o desejo político de confundir um quadro político desfavorável.

Tudo foi agitação para a manifestação com que Bolsonaro pretende “peitar” Congresso e STF no domingo, aliás com parcas perspectiva de sucesso, embora as máquinas robóticas nas redes sociais estejam a todo vapor.

Só pode haver diálogo entre poderes se houver harmonia e não há, neste momento, nem uma nem outra.

Pois o “moleque”, na definição de ministros do Supremo, quer coagir Congresso e Justiça a fazerem “prova” de que nossas eleições foram e serão fraudadas se não forem seguidas suas ordens.

Fernando Brito

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