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Presos, deputados têm R$ 4,77 milhões em emendas liberadas

Jacober e Rodrigues deputados presos em regime fechado

Presos em regime fechado, os deputados Celso Jacob (MDB-RJ) e João Rodrigues (PSD-SC) mantém suas rotinas de liberação de emendas parlamentares. Desde que foram presos, eles destinaram R$ 4.773.942,37 a seus Estados.

Para o deputado fluminense, foram R$ 3.905.114,76 de dezembro até abril. Já para o catarinense, R$ 868.827,61 nos últimos 2 meses.

Os dados estão disponíveis no SIGA Brasil.

Nesses períodos, por cumprirem prisões em regime fechado na Penitenciária da Papuda, eles não registraram presença na Câmara.

JACOB

Desde que passou para o regime fechado, em novembro do ano passado, o emedebista teve 12 emendas liberadas. Elas variam de R$ 1.479,24 para ações de turismo no Estado do Rio a R$ 661.002,37 para projetos da área de saúde em Belford Roxo, na região metropolitana da capital fluminense.

Celso Jacob foi preso no início de junho do ano passado.

Foi condenado pela 1ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) por falsificação de documento público e dispensa de licitação quando era prefeito de Três Rios, no sul do Rio de Janeiro.

De início, cumpriu a pena em regime semi-aberto. Durante 5 meses, sua rotina era dividida entre a Câmara dos Deputados e a Papuda.

Foi flagrado ao tentar entrar com queijos e biscoitos na prisão. Foi parar na solitária. Por decisão do TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios), teve sua pena alterada para o regime fechado.

Celso Jacob teve seu salário cortado em dezembro. Desde fevereiro, seu gabinete está vazio, sem funcionários.

RODRIGUES

O deputado catarinense teve 5 emendas liberadas. Elas variam de R$ 61.964,26 a R$ 441.642,26.

As emendas parlamentares de João Rodrigues são festejadas nas redes sociais. Como ele está preso, quem anuncia os repasses são a mulher dele e o chefe do gabinete de Florianópolis –tudo registrado no Instagram.

Reprodução/Instagram – Dep. João Rodrigues
João Rodrigues foi condenado em 2ª Instância pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal) a 5 anos e 3 meses de reclusão por fraude e dispensa de licitação. Foi preso no Aeroporto de Brasília. Ele vinha dos Estados Unidos e foi flagrado tentando alterar seu destino final para o Paraguai.

A assessoria de Rodrigues afirmou que o processo contra o deputado “é uma injustiça”. Sobre as emendas, disse que o catarinense não perdeu o mandato e que “ele tem forte atuação em todo o Estado de Santa Catarina”.

RENAN MELO XAVIER

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