Não existe moralmente como avaliar o comportamento do ministro do STF que orientou o presidente do senado Renan Calheiro a não receber o oficial de justiça.
Na verdade, fato de tal natureza desnuda a integridade do STF, e o coloca em igualdade de condições com os padrões de corrupção que existem na politica nacional e o que mais desmoralizante, no cerne dos poderes constituídos desse país.
Como o povo pode acreditar na lisura da justiça, se a maior expressão do Poder Judiciário da provas em contrário.
Se as leis atualmente estão condicionadas aos interesses e poder dos interessados.
A crise política e moral do país se consolidaram também como institucional e leva a nação ao fundo do poço.
O ministro que aconselhou Renan provocou a abertura de uma das feridas no STF que vai demorar a cicatrizar.
A outra foi a votação de ontem do STF, essa demorar muito mais a fechar entre os ministros do STF.
Ontem à noite, um deles demonstrou, em uma conversa privada, estar profundamente triste com a decisão do colegiado.
Ou seja, as decisões estão fugindo ao verdadeiro comportamento do STF, a justiça se deixou contaminar.
De agora em diante não se pode falar sobre a isenção dos julgamentos do STF, as conveniências políticas estão atropelando a interpretação e aplicação das Leis.
Saliente-se que depois da votação de ontem no STF, O clima na Procuradoria-Geral da República era e ainda é de revolta com a decisão da maioria do STF de manter Renan Calheiros no cargo.
Fato confirmado na manhã de hoje por um integrante da cúpula da PGR dizendo o seguinte:
“O STF ignorou o processo da coisa em si. A assessoria do Renan mentiu para o oficial de Justiça para não receber a notificação. Os ministros deram as costas para o Judiciário como um todo.”
É uma vergonha nacional.
cljornal com informações de Lauro Jardim