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Zé Neto afirma que frase de Ronaldo agride o Poder Legislativo

Durante pronunciamento do prefeito José Ronaldo, na última sexta-feira (24), quando disse que descarta a atuação de parlamentar na intermediação entre ele e o governo do estado, o fato terminou provocando no líder do governo na Assembléia, deputado Zé Neto, uma observação de protesto e de cizânia na base do prefeito, dizer que: “Ele atingiu todos os deputados, principalmente os de sua base aliada. Tenho pena dos deputados dele.”

Outra crítica formulada ao prefeito Ronaldo veio de uma observação que ele teria feito ao secretário e pré-candidato ao governo do estado Rui Costa, quando disse que “a conversa dele é de governo para governo”.

Primeiro: A base aliada de Ronaldo na Assembléia Legislativa não tem abertura nem prestígio político com o governo de Jaques Wagner, é oposição. Vai intermediar o que?

Segundo: Os deputados da base aliada de Wagner, na Assembléia Legislativa, atuam como oposição ao governo de José Ronaldo. Não estão interessados no seu êxito administrativo. Porque intermediariam encontros entre ele e o Governador? Seria o lobo em pele de cordeiro.

Terceiro: Jaques Wagner é o governador da Bahia e não apenas das prefeituras petistas e aliadas. Portanto, tem a obrigação de receber o prefeito da segunda cidade do estado, se vai atender os pleitos é outra coisa. Dessa forma Ronaldo não precisa de intermediário. Pode ir direto. Quem tem boca vai a Roma. Além do mais se trata de executivo para executivo, o que foge completamente das responsabilidades legislativas.

Quanto o explicitado ao secretário e pré-candidato ao governo, Rui Costa, de que a conversa entre eles seria de governo para governo, Ronaldo está correto. Que tipo de conversa poderia ter se, politicamente, estão em campos opostos?

José Ronaldo terá o seu candidato ao governo do estado, Rui Costa é candidato de Jaques Wagner (PT), não são inimigos, possuem plataforma e programas diferentes, e cada um deles tem um projeto político para o estado. São propostas conflitantes, que serão discutidas, presume-se, com o povo.

Será que o deputado queria que ambos ficassem trocando figurinhas internamente e fazendo rolezinho durante a campanha eleitoral.

Quem vencer acode o outro, ou melhor, fosse farina do mesmo saco, ou quem sabe, politicamente mais um PMDB na base aliada. 

 

Pois bem, como muitos afirmam que o PT se transformou nos últimos anos como mantenedor do capitalismo, essa atitude não é de estranhar.

Fonte: Carlos Lima

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