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18 horas de rebelião em presídio de Aracaju com 70 reféns e 27 liberados

Fornecimento de água e de energia está suspenso desde o início do motim.

A rebelião no Complexo Penitenciário Advogado Antônio Jacinto Filho (Compajaf), em Aracaju, iniciada por volta das 15h de sexta-feira (20) ainda não foi encerrada. A mobilização dos presos completou 18 horas de duração na manhã deste sábado (21). Os fornecimentos de água e de energia estão suspensos no local desde o início do motim.

Segundo o comandante do Policiamento da Capital, tenente-coronel Vivaldy Cabral, 23 reféns foram liberados por volta de 1h desta madrugada, sendo a maioria mulheres e crianças. Cerca de 70 familiares dos presos ainda estão impedidos de sair do presídio.

De acordo com a Secretaria de Justiça de Sergipe (Sejuc), inicialmente 97 familiares dos detentos foram feitos reféns por 80 presos no Pavilhão C. Duas mulheres e duas crianças já haviam sido liberadas por volta das 18h.

A informação da polícia é que os presos pedem a presença de uma Comissão dos Direitos Humanos para que o restante dos familiares sejam liberados, eles estavam no presídio durante o horário de visita. O Compajaf tem capacidade para 595 presos e atualmente abriga 530 presos.

Neste sábado (21) amigos e outros familiares dos detentos protestaram contra a forma de revista dos visitantes.

A Secretaria de Justiça informou que o vice-diretor do presídio foi atingido no rosto por uma pedra. Ele foi socorrido e encaminhado para um hospital da capital sergipana, mas já foi liberado. O caso será investigado pela Polícia Civil.

Equipes do Grupo Especial de Repressão e Busca (Gerb), Polícia Civil e Militar estão no local, além do Corpo de Bombeiros e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O Grupamento Tático Aéreo (GTA) está realizando o trabalho de apoio aos policiais.

Protesto
Durante um protesto uma mulher sofreu queimaduras após ficar próxima à barricada de pneus. Ela foi socorrida e encaminhada ao Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), em Aracaju. O Samu informou que a vítima sofreu queimaduras em 35% do corpo.

G1

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