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Ato de filiação do ex-governador do Paraná, Roberto Requião, ao PT será nesta sexta (18)

Ao Programa Quarta Sindical, Requião diz que deseja promover a recuperação do Paraná e do Brasil.

O ex-governador do Paraná, Roberto Requião, confirmou a ida para o Partido dos Trabalhadores (PT), como a reportagem do Brasil de Fato Paraná havia antecipado no último dia 11.

Requião terá a ficha de filiação assinada pelo ex-presidente Lula, em Curitiba, nesta sexta-feira (18), a partir das 19h30, em um ato com a militância do PT e de partidos da federação partidária que reúne, além do Partido dos Trabalhadores, PCdoB e PV.

Convicto da necessidade de construir um espaço de unidade programático para disputar as eleições de outubro, o pré-candidato ao Palácio do Iguaçu foi entrevistado pelo programa Quarta Sindical, parceria entre a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Brasil de Fato Paraná.

A live, com o tema ”Requião no PT – O que muda para os(as) trabalhadores(as)?”, teve também a presença do deputado federal e ex-secretário de Planejamento, Ênio Verri (PT-PR).

Durante quase 50 minutos, o ex-senador falou sobre a filiação ao PT, a construção da federação partidária e fez um balanço dos governos Ratinho Jr (PSD) e Jair Bolsonaro (PL), além de analisar a conjuntura política e econômica do estado e do país.

Filiação do PT

Requião ficou no MDB por mais de 30 anos, pela legenda foi governador do Paraná por três mandatos e exerceu os cargos de prefeito de Curitiba e senador da República.

No último ano, no entanto, Requião viu sua trajetória partidária mudar de rumo após perder as eleições para o diretório estadual para o deputado estadual Anibelli Neto e sair da legenda.

Passados sete meses de negociação e convites de algumas siglas, como o Partido Socialista Brasileiro, Partido Verde, Rede, PCdoB e o Solidariedade, o destino foi mesmo o PT.

“O PT foi meu parceiro nos meus governos, em todos eles. O Ênio Verri sabe, foi meu secretário de planejamento”, citou o ex-governador.

Inicialmente, o destino de Requião era o PSB, contudo, após a confirmação de que os socialistas não estariam na federação partidária com o PT, o ex-governador bateu o martelo em sua entrada no partido.

“Entro nesse PT como quem entra em um movimento. Faço aqui um discurso semelhante ao de Lula, estamos polarizados, de um lado os entreguistas que entregaram o petróleo, a soberania, e que massacram os trabalhadores. Estamos entrando no PT, mas sobretudo, na federação para promover um movimento de recuperação do Paraná e do Brasil”, disse o ex-governador.

Batalha eleitoral

Sobre a situação do estado, Requião foi incisivo nas críticas ao atual governador, Ratinho Jr, reconhecendo as dificuldades que terá pela frente. O petista reiterou que apresentará um programa de recuperação do estado que se contraponha ao atual modelo.

“Você sabe que este ano eles estão gastando mais de 161 milhões de reais em propaganda, eles têm 104 outorgas de antenas de rádio no Paraná, algumas estações de televisão, e com esse dinheiro eles dominam as TVs (…) Nós tínhamos mais de 320 programas sociais, atendendo às necessidades da população, eles não têm nada.

Eles simplesmente apresentam como grande vitória a privatização da Copel Telecom. Eles só pensam em negócio”, criticou.

“Nós estamos em um jogo duro, mas apresentaremos uma proposta factível, iremos apresentar mais ou menos o que já fizemos nos governos anteriores, em que tivemos mais de 83% de apoio”, completou.

Gabriel Carriconde

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