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Coronavírus: Produtores de flores da BA estão ‘Colhendo para jogar fora’

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Assim como outros setores da economia baiana, a produção de flores tem passado maus bocados durante a pandemia da Covid-19. Em meio à crise financeira, os produtores viram as vendas caírem vertiginosamente de uma hora para outra, quando todos já trabalhavam para as entregas da grande demanda do Dia das Mães.

Em apenas um sítio na cidade de Maracás, no centro-sul da Bahia, 30 mil dúzias de rosas, crisântemos, palmas de Santa Rita, além de complementos ornamentais, como as folhagens, ficaram encalhados e foram jogados fora.

“A produção de flores, por ser agrícola, requer um custo muito alto de manutenção. Diferente do setor industrial, que poderia parar por um período e, quando a situação normalizar, retomar sua produção. Isso requer um custo alto, relacionado a insumos, mão de obra especializada. Neste período, está sendo muito difícil para manter. Não está acontecendo a venda que corresponde… Então a maior luta hoje não é só manter os pés vivos, que é necessário. E, sim, manter os empregos, que são, ativos, mais de 30”, diz o produtor Rone Botelho.

Os prejuízos chegam a 90% da produção, segundo os cálculos da Associação de Fruticultores de Maracás. Jean da Silva, presidente da Associação de Produtores de Maracás, conta as dificuldades que os trabalhadores do setor têm enfrentado.

“É lamentável, é difícil. Mais que complicado, porque era daqui que a gente tirava o nosso sustento, da nossa família. Hoje somos 10 pais de família. Não temos nada. Não tem serviço para ganhar em canto nenhum. A gente está passando aperto, necessidade. Porque nunca mais achamos um real para ganhar em lugar nenhum”, relata.

“Estamos aqui colhendo para jogar fora. Uma dúzia dessa flor aqui custa R$ 15. Imagine mais de 100 dúzias dessas flores foram jogadas fora. Na outra semana que passou. Um pacote de rosa desse aqui custa R$ 20. A gente vendia, em média, 100 pacotes de rosas por semana. Duas vezes na semana, na quarta e no sábado. Ultimamente, está indo para o lixo”.

Além de Maracás, que concentra o maior número de produtores, muitas variedades de flores também são cultivadas em Vitória da Conquista, Feira de Santana e vários municípios da Chapada Diamantina, como Morro do Chapéu.

A Bahia é o 8º produtor nacional de flores. Nos últimos tempos, a atividade vinha se expandindo e movimentava cerca de R$ 300 milhões por ano. Empregava 12 mil pessoas, entre a produção e a venda.

A maior parte das flores consumidas na Bahia, no entanto, vem de Holambra, em São Paulo, onde a crise também atinge de forma severa os produtores. Segundo o Instituto Brasileiro de Fruticultura (Ibraflor), o prejuízo, em todo o país, pode passar de R$ 1,3 bilhão.

G1/BA

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