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Negacionistas que rejeitaram a vacina são os que mais ocupam leitos de UTI no ES

Negacionistas lotam utis no Espírito Santo

A rede hospitalar do Espírito Santo está fortemente pressionada pela parcela dos capixabas que decidiram recusar a vacina contra a Covid-19.

Segundo o governo, os negacionistas representam menos 10% da população adulta do Estado. No entanto, a demanda deles por internações em enfermarias e UTIs é 6,64 vezes maior do que aqueles que receberam pelo menos a primeira dose.

De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, um cruzamento de dados de regulação de leitos e vacinação mostrou o impacto que o número relativamente pequeno de pessoas não-imunizadas imprime na demanda por leitos.

Entre as 2,7 milhões de pessoas que tinham tomado pelo menos a primeira dose da vacina contra a Covid-19 até o dia 15 de setembro, 481 precisaram de leitos hospitalares para tratar da doença nas duas semanas seguintes. Isso representa 0,018%.

Já do universo dos não-vacinados (297 mil pessoas), 345 foram regulados para leitos dedicados à Covid-19 no mesmo período, representando 0,116% do total.

“Precisamos avançar no convencimento de toda população adulta para que se vacine. Estamos falando de pessoas com 50 e 60 anos que não foram vacinadas, pessoas adultas, esclarecidas e responsáveis por sua condição de saúde. Não há razões científicas, humanas ou morais de nenhum tipo para que a pessoa, que não tem contraindicação médica, não se vacine”, afirmou.

Ainda de acordo com Nésio Fernandes, 41,77% da demanda de internação hospitalar no sistema público de saúde no Estado veio da parcela de 9,75% da população que não está vacinada.

“Esse percentual (de não-vacinados) hoje pressiona a rede hospitalar em quase metade da solicitação de leitos. Se não tivéssemos o avanço da vacinação, sem dúvida alguma estaríamos vendo a quarta grande onda de casos, internações e óbitos”, diz Nésio.

O secretário ressaltou que quase todos os municípios do Espírito Santo oferecem vacinação por livre demanda atualmente e lembrou que a escolha pela não imunização coloca em risco não só os próprios indivíduos, como toda a população.

RPP

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