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Tragédia em Petrópolis: chuva destruiu pontes, arrastou automóveis e 38 pessoas morreram

Até a manhã dessa quarta-feira 16 já foram computadas 38n mortes

A força da água no Rio Piabanha destruiu pontes e deixou dezenas de familias isoladas em casas na Rua Washington Luis, principal acesso ao Centro de Petrópolis.

Além de muitos carros e motos, a enxurrada arrastou dois ônibus para dentro do rio e que acabaram virando uma espécie de atração, pois muitos pedestres paravam para tirar fotos no local.

Os Bombeiros informaram que  pelo menos 38 pessoas morreram.

Pela manhã, comerciantes limpavam as lojas e tentavam contabilizavar as perdas.

O dono de uma ótica, Josemar Lemos contou que na noite de ontem ainda tentou salvar parte do estoque de sua loja, mas quando a água chegou na altura do peito, ele preferiu salvar a vida e deixou o lugar, retornando pela manhã.

“Perdi tudo. Trabalho aqui há nove anos com meu irmão e agora nem sei como vou fazer. Foi tudo, tudo mesmo perdido. Ontem quando a água começou a subir eu ainda vim tentar salvar alguma coisa, mas quando chegou na altura do peito, fugi senão teria sido arrastado também”, contou.

Moradora da Rua Washington Luis, Vania Nicolau teve a ponte de acesso a sua casa destruída. Com isso, ela e um dos filhos ficaram isolados dentro da residência, enquanto o marido e outro filho tiveram de dormir na rua por não conseguirem entrar.

A preocupação dela agora é com a água potável, pois a enxurrada destruiu o sistema de encanamento da residência.

“Estamos presos aqui dentro sem saber o que fazer, em dezoito anos é a primeira vez que a água sobe assim. Meu esposo e meu outro filho não puderam vir para casa e pelo jeito não poderão vir tão cedo por quê até ajeitar a ponte vai demorar. Eu vou pedir para eles trazerem água e tentar arremessar pelo muro”, afirmou.

Outra moradora, a aposentada Katia Regina Pereira, está preocupada por que mora sozinha e ficou isolada com os demais vizinhos em um prédio cuja a ponte de acesso também foi destruída pela força da água e pela queda do muro de um condomínio, que inclusive interditou completamente a rua.

“Está todo mundo aqui sem água e energia, mas estamos bem. Meus parentes devem estar preocupados. Queria avisá-los, mas nem tenho como. Agora vamos esperar uma ajuda para que tirem essa terra e consigam um meio para que possamos sair”, disse.

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