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Biomédica da Bahia participa na Inglaterra de estudos na busca da vacina para Covid-19

Foto: University of Oxford via AP

Um dos estudos que busca uma vacina contra a Covid-19 conta com a contribuição de uma biomédica baiana. Trata-se da pesquisa feita pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, que já aplicou testes em 10 mil voluntários no Reino Unido.
“Eu, como brasileira, também tenho muito orgulho de estar aqui, fazendo parte dessa equipe, para poder representar a minha pátria”, diz Alessandra Silva Coley, nascida em Jacobina.
A vacina estudada pela biomédica chega, neste mês de junho, à sua terceira fase: vai realizar testes em dois mil brasileiros no Rio de Janeiro e em São Paulo. O Brasil é o primeiro país fora do Reino Unido a começar a testar a eficácia da imunização contra o Sars-CoV-2.

“O objetivo, nesta fase, é só testar se, de fato, essa vacina é segura e que não vai causar nenhum efeito que, na verdade, seja pior do que o vírus. Então, a partir daí, é possível determinar qual é a melhor dose a ser dada e, agora na fase três, é a fase em que essa vacina é testada numa escala muito maior, num grupo de milhares de pessoas”, conta Alessandra.

A médica infectologista Clarissa Cerqueira explica que, mesmo que a vacina de Oxford seja eficaz na prevenção da doença, será preciso seguir alguns protocolos antes de realizar eventos que promovam grande circulação ou aglomeração de pessoas, como o carnaval, por exemplo.

“Para uma vacina, a nível populacional, ter efeito, a gente requer que 80% da população seja vacinada. Tem que ter agentes de saúde para fazer atendimento em domicílio; as pessoas têm que ir também em outros serviços de saúde para fazer a aplicação. Isso depende se a vacina vai ser disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde, se também vai ser disponibilizada pelo sistema privado”, alerta a infectologista.

Para ser conduzido no Brasil, o procedimento foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com o apoio do Ministério da Saúde.

Os voluntários serão pessoas na linha de frente do combate ao coronavírus, com uma chance maior de exposição ao Sars-CoV-2. Eles também não podem ter sido infectados em outra ocasião. Os resultados serão importantes para conhecer a segurança da vacina.

G1/BA

 

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