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Com qual velocidade estamos envelhecendo

Julim/Pixabay

Pesquisadores chineses desenvolveram um teste capaz de identificar a idade biológica do organismo. Ou seja, o exame mostra com qual velocidade estamos envelhecendo, independente da nossa idade cronológica.

O estudo com os resultados do novo teste foi publicado na “Frontiers in Aging Neuroscience” nesta terça-feira (27).

O desenvolvimento do teste foi possível porque pesquisadores conseguiram identificar uma substância (a 8-oxoGsn) que indica a velocidade do envelhecimento.

O composto é capaz de mostrar o quanto o corpo está submetido a um mecanismo comum no envelhecimento, conhecido como estresse oxidativo.

Nesse mecanismo, o organismo vai perdendo sua capacidade de eliminar substâncias que, em excesso, são prejudiciais: os radicais livres. Esses compostos se ligam às células e causam danos ao DNA.

Embora o fenômeno aumente na medida em que envelhecemos, ele também está associado a fatores genéticos e a escolhas de estilo de vida, como a alimentação e a prática ou não de atividade física.

Por esse motivo, diferentes pessoas envelhecem a taxas diferentes.

Segundo os cientistas, além de medir o envelhecimento, o teste pode ajudar a prever o risco de desenvolver doenças relacionadas com a idade.

Também o exame poderá ser usado para aferir a eficácia de tratamentos para retardar o envelhecimento – terapias que os pesquisadores acreditam ser possível no futuro.

Composto indica o envelhecimento

A 8-oxoGsn é o resultado de uma reação química que ocorre no RNA, estrutura que integra nosso material genético.

Em estudos anteriores em animais, cientistas descobriram que os níveis de 8-oxoGsn aumentam na urina com a idade.

Depois, eles também testaram as amostras em 1228 pessoas com idade entre 2 e 90 anos.

“Encontramos um aumento no 8-oxoGsn urinário em participantes de 21 anos ou mais”, disse Jian-Ping Cai, um dos autores do estudo, em nota.

Os pesquisadores utilizaram uma técnica chamada de “cromatografia líquida de alto desempenho”, que pode processar até dez amostras de urina por hora.

Eles acreditam que o teste pode ser usado com sucesso para medir o envelhecimento, mas mais estudos são necessários.

 

 G1

 

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