Com uma longa história de uso medicinal, o gengibre é um alimento que dá sabor extra a diversas receitas e contribui para manter a saúde.
O alimento tem propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, aliado a poucas calorias (80 kcal a cada 100 gramas) e alguns minerais importantes, como magnésio e potássio.
Há diversas tonalidades, que variam do branco ao bege e pode ser encontrado fresco, em conserva, cristalizado, seco e em pó. Incluí-lo no dia a dia significa aproveitar suas propriedades nutricionais e turbinar o organismo.
Ajuda a controlar o diabetes
Os gingerois, substâncias do gengibre, possuem propriedades digestivas e ajudam no controle de diabetes tipo 2. Há diversos estudos que relacionam os benefícios da planta para esse problema de saúde, por colaborar com a melhora na secreção de insulina.
Uma dessas pesquisas comprovou que o alimento pode reduzir a glicose no sangue. Foram analizados 41 participantes com o quadro e que consumiram 2 g de pó de gengibre por dia, eles reduziram em 12% o nível de açúcar no sangue.
Ajuda a controlar o diabetes
Os gingerois, substâncias do gengibre, possuem propriedades digestivas e ajudam no controle de diabetes tipo 2. Há diversos estudos que relacionam os benefícios da planta para esse problema de saúde, por colaborar com a melhora na secreção de insulina.
Uma dessas pesquisas comprovou que o alimento pode reduzir a glicose no sangue. Foram analizados 41 participantes com o quadro e que consumiram 2 g de pó de gengibre por dia, eles reduziram em 12% o nível de açúcar no sangue.
Ajuda a emagrecer
Conhecido por seu poder termogênico, ou seja, aumenta a temperatura do organismo, o gengibre faz com que o organismo queime mais calorias. Também auxilia na redução do apetite e reduz a absorção de gorduras, o que contribui para o emagrecimento.
Melhora a memória
A função cerebral também melhora com o consumo do alimento. Foi realizada uma pesquisa com 60 mulheres de meia-idade que consumiram gengibre. Como resultado, os pesquisadores comprovaram que a memória dessas pessoas melhorou significativamente. Há ainda diversos estudos realizados em animais que mostram que o gengibre atua contra o declínio cerebral decorrente da idade avançada.
Combate infecções
Mais uma vez o gingerol, substância presente no gengibre fresco, é responsável por diminuir o risco de infecções no organismo. Foi comprovado cientificamente que o gengibre diminui o crescimento de diferentes tipos de bactérias. O alimento também combate as bactérias orais que estão relacionadas a doenças inflamatórias nas gengivas, como gengivite e periodontite. Essa informação foi divulgada na publicação científica Phytotherapy Research. E por fim, o gengibre fresco também combate o vírus sincicial respiratório, uma das principais causas de infecções respiratórias em recém-nascidos e crianças pequenas.
Melhora a digestão Consumir gengibre ajuda o pâncreas a funcionar melhor e gerar mais enzimas que vão favorecer a absorção de nutrientes, facilitando a digestão –propriedade atribuida aos gingerois. O gengibre e seus constituintes também previnem ou “neutralizam” as úlceras gástricas funcionando como protetor do estômago.
Além disso, o alimento acelera o esvaziamento do estômago de pessoas que sofrem de indigestão crônica (dispepsia). O problema de saúde causa dor e desconforto na parte superior do estômago.
Uma pesquisa divulgada no European Journal of Gastroenterology & Hepatology mostrou que 24 pessoas saudáveis que consumiram 1 g de gengibre em pó antes de uma refeição aceleraram em 50% o esvaziamento do estômago.
Alivia sintomas de problemas respiratórios
O gengibre possui propriedades descongestionantes, o que contribui para limpar as vias respiratórias do muco, bastante frequentes em quadros de gripes, resfriados e até bronquite. Além disso, combate a tosse, por possuir propriedades expectorantes. E por conter substâncias anti-inflamatórias também diminui o broncoespasmo quando ocorre a contração dos músculos dos brônquios, o que dificulta a respiração.
Combate náuseas
O gengibre ajuda a aliviar as náuseas. Um estudo realizado pela University of Zurich (Suíça) comprovou que o alimento previne enjoo em viagens longas. Foram avaliados mais de 1400 pessoas e o gengibre mostrou-se um excelente remédio para evitar esse mal-estar. Além disso, o alimento diminui as náuseas e vômitos após cirurgias e em pacientes com câncer que precisam realizar quimioterapia. E também reduz as náuseas relacionadas à gravidez, como os enjoos matinais
Uma pesquisa divulgada no Nutrition Journal mostrou uma revisão de 12 estudos que contaram com 1.278 mulheres grávidas e que ingeriram pequenas quantidades de gengibre. Como resultado, elas tiveram uma redução nos sintomas de náuseas. Mas, nesses casos, embora seja considerado seguro, o consumo de gengibre deve ter a orientação de um médico para evitar problemas durante a gestação.
Reduz a dor
Por possuir propriedades anti-inflamatórias, o consumo do gengibre ajuda a controlar a dor muscular após o exercício físico. Pesquisadores do Georgia College and State University (EUA) mostraram em um estudo, que consumir 2 g de gengibre por dia, durante 11 dias, reduziu significativamente a dor muscular em pessoas que realizavam exercícios.
Eles concluíram que o gengibre não tem um impacto imediato, mas é eficaz na redução da progressão diária desse tipo de dor. As análises mostraram que, se consumido diariamente, o gengibre pode reduzir as dores em até 25%.
Melhora sintomas de osteoartrite
A osteoartrite é uma doença que afeta as articulações devido à degeneração das cartilagens. Costuma atingir as articulações das mãos, joelhos, coluna e causar dores, enrijecimento e diminuição da mobilidade articular. O efeito anti-inflamatório do gengibre alivia os sintomas da osteoartrite. Foi realizado um estudo com 247 pessoas com osteoartrite no joelho e que tomaram extrato de gengibre. Elas sentiram menos dor e necessitaram de menos medicação para controlar os desconfortos da doença.
Benefício em estudo
Previne Alzheimer: Um estudo divulgado em uma revista científica mostrou que o gengibre diminui os sintomas do Alzheimer em ratos. De acordo com pesquisadores, os antioxidantes e alguns compostos do gengibre inibe respostas inflamatórias que ocorrem no cérebro e podem causar a doença.
O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que provoca perda de memória e outras funções cerebrais importantes como fala, independência para realizar as atividades do dia a dia e compromete bastante a qualidade de vida. Entretanto, mais estudos precisam ser realizados para comprovar a eficiência do alimento nos seres humanos.
Como consumir?
Há diversas formas de incluir o gengibre na rotina. Veja alguns exemplos de como usufruir de todos os benefícios do alimento:
Chá:
Bastante prático, o chá de gengibre pode ser preparado a partir da infusão de pedaços do alimento. Para incrementar o sabor, outros ingredientes podem ser acrescentados como limão, canela ou maçã. A recomendação é de até três xícaras de chá de gengibre por dia. –
Na salada:
É possível acrescentar uma colher de gengibre ralado na salada na hora das refeições. Caso prefira, também é interessante polvilhar sobre saladas de fruta.
Sucos
Você também pode consumir o gengibre em pó dissolvendo em água, adicionando em sucos, ou cápsulas de gengibre.
Com água
Outra forma de consumo é encher uma garrafa de água e adicionar o gengibre em pedaços. Recomenda-se de quatro a cinco rodelas do alimento ou duas colheres do gengibre ralado.
Em receitas
O gengibre pode ser ralado e adicionado a pratos principais doces e salgados.
Riscos no consumo de gengibre em excesso
O gengibre é considerado um alimento bastante seguro e não faz mal para a maioria das pessoas. Mas, consumir em grande quantidade causa refluxo estomacal, irritação na boca e diarreia.
Não é recomendado consumir mais de 4g de gengibre por dia ou 1 g durante a gravidez.
As gestantes devem consumir com moderação, pois há riscos de aborto espontâneo e má-formação do bebê. Não há estudos que falem sobre a segurança do alimento para o período de amamentação, por isso, os especialistas acham melhor que o gengibre seja evitado nesses casos.
Por ser termogênico, quem possui hipertireoidismo também deve evitar o consumo, pois o metabolismo já está muito acelerado e aumenta o risco de perda de massa muscular.
Pessoas que usem remédios anticoagulantes também devem evitar o gengibre, uma vez que retarda a coagulação sanguínea, podendo causar sangramentos. Além disso, quem tem hipertensão não deve consumir o gengibre, especialmente quem toma medicação para controlar a pressão.
Fontes:
Durval Ribas Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran) e nutrólogo; Luisa Wolpe, nutricionista e coordenadora do Centro e Instituto Internacional de Aprimoramento e Pesquisas Científicas (CIA); Marcella Garcez, nutróloga e docente do curso nacional de Nutrologia da Abran; Nathalia Almeida, nutricionista e professora da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP); Regina Stikan Carrijo, nutricionista do Hospital Santa Catarina.