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Feira internacional de eletrônicos reconhece relevância da longevidade.

A Consumer Eletronics Show é uma feira internacional de eletrônicos que reúne o que há de mais moderno em tecnologia — Foto: https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=76960351

A CES (Consumer Eletronics Show) é uma feira internacional de eletrônicos que existe desde 1967 e reúne o que há de mais moderno em tecnologia, com cerca de 4.500 expositores. Realizada em Las Vegas, a edição de 2020, que ocorrerá entre 7 e 10 de janeiro, reconheceu a relevância do fenômeno da longevidade, embora este ainda não seja o foco do evento. Entretanto, cresceu bastante o número de produtos sob a rubrica “agetech”, que abrange de aplicativos a chatbots, que são programas de computador que simulam um ser humano na conversa, respondendo a perguntas como se o interlocutor fosse uma pessoa, e não uma máquina.

Mas são os sensores, de todos os tipos, que ocuparão lugar de destaque nos estandes. Eles monitoram o estado geral do idoso, mapeiam padrões e criam um banco de dados, alertam sobre incidentes e desvios e até conseguem prevê-los. O CarePredict, por exemplo, é uma espécie de pulseira que aciona um serviço de emergência em caso de quedas. Tem concorrentes: Kytera e Essence, ambas empresas israelenses, disponibilizam produtos semelhantes. Há outros tipos de sensores que não precisam ser usados pelo indivíduo: são instalados nas tomadas e acompanham a movimentação dentro de casa, como o Sensorcall ou o Vayyar. O Industrial Technology Research Institute, de Taiwan, que fabrica de sistemas portáteis de purificação de água a drones utilizados pela polícia, criou o Pecola (Personal Companion Robot for Older People Living Alone), que, como o nome diz, está presente o tempo todo nas atividades diárias, o que inclui fazer alertas caso a pessoa não coma ou pareça estar deprimida.

O Pecola (Personal Companion Robot for Older People Living Alone): robô que monitora o idoso dentro de casa — Foto: Divulgação
O Pecola (Personal Companion Robot for Older People Living Alone): robô que monitora o idoso dentro de casa — Foto: Divulgação

Além de produtos para os portadores de diabetes, se expandiu também o leque de opções para quem tem problemas de visão. Empresas como Vispero e Orcam oferecem lentes de aumento especiais. Há ainda óculos inteligentes com reconhecimento de voz e dotados de câmeras. Já o Access Explorer é um aplicativo que facilita a identificação de entradas, elevadores ou banheiros em qualquer edifício. Para os que se encontram num estado de maior fragilidade, a Smardii criou fraldas com sensores que fazem um exame da urina em tempo real. A japonesa Triple W vai além: um aparelhinho com ultrassom que monitora a bexiga alerta o usuário ou seu cuidador de que está na hora de ir ao banheiro. Quanto mais crescer e se diversificar, mais competidores o setor terá, o que levará ao barateamento dessas tecnologias.

Mariza Tavares

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