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General Heleno é mais um da comitiva de Bolsonaro a EUA com coronavírus

Direito de imagemREUTERS Image caption Ele ainda aguarda contraprova; se confirmada, ministro será 16ª pessoa que integrou ou teve contato com a comitiva de Bolsonaro nos Estados Unidos a receber resultado positivo para o vírus.

O ministro-chefe do Gabinete da Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, general da reserva Augusto Heleno, anunciou nesta quarta-feira em sua conta pessoal no Twitter que foi diagnosticado com o novo coronavírus. Ele ainda aguarda contraprova. Se confirmada, Heleno será a 16ª pessoa que integrou ou teve contato com a comitiva do presidente Jair Bolsonaro em visita recente aos Estados Unidos a receber resultado positivo para o vírus.

Este é o segundo teste a que Heleno se submeteu. O primeiro havia dado negativo. Ele disse, no entanto, que não apresenta qualquer sintoma de covid-19, a doença causada pelo vírus.

“Informo que o resultado do meu segundo exame, realizado no HFA (Hospital das Forças Armadas), acusou positivo. Aguardo a contraprova da FioCruz. Estou sem febre e não apresento qualquer dos sintomas relacionados ao COVID-19. Estou isolado, em casa, e não atenderei telefonemas”, disse o ministro em sua conta pessoal no Twitter.

Heleno é um dos ministros mais próximos do presidente Jair Bolsonaro e participou de sua comitiva em visita a Miami há duas semanas. Ele tem 72 anos e está no grupo de risco da doença, que tende a afetar idosos de forma mais severa.

Bolsonaro tem negativo

Na noite de terça-feira (17/03), Bolsonaro afirmou que o resultado de seu segundo teste para a detecção do coronavírus tinha dado negativo.

“Informo que meu 2° teste para COVID-19 deu NEGATIVO. Boa noite a todos”, disse ele em sua conta pessoal no Twitter.

Na última sexta-feira, Bolsonaro divulgou o resultado do primeiro teste, que também deu negativo. O presidente vinha sendo monitorado desde a manhã de quinta-feira, quando o secretário de Comunicação da Presidência da República, Fabio Wajngarten, foi diagnosticado com a doença. Ambos viajaram aos Estados Unidos e tiveram agenda com o presidente americano, Donald Trump.

Apesar de estar sendo monitorado, Bolsonaro interagiu com manifestantes em Brasília no domingo durante os atos pró-governo. Ele deixou a residência oficial do Palácio da Alvorada e interagiu com manifestantes que o esperavam do lado de fora do Palácio do Planalto.

Bolsonaro estava separado de seus apoiadores por uma grade e cercado por integrantes de sua equipe. Ele esticou o braço para tocar nos manifestantes e manuseou o celular de alguns deles para fazer ‘selfies’.

Antes de Heleno, outro membro da comitiva de Bolsonaro havia sido diagnosticado com o coronavírus. O deputado federal Daniel Freitas (PSL-SC) confirmou o diagnóstico em contraprova, depois que o primeiro exame deu negativo.

Os 16 contaminados que integraram ou tiveram contato com a comitiva de Bolsonaro nos EUA são os seguintes:

General Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete da Segurança Institucional (GSI)

Daniel Freitas, deputado federal (PSL-SC)

Flavio Roscoe, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg)

Marcos Troyjo, secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia

Robson Braga de Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI)

Fabio Wajngarten, secretário de Comunicação da Presidência da República

Nelsinho Trad (PSD-MS), senador

Nestor Forster, encarregado de negócios do Brasil nos Estados Unidos

Samy Liberman, secretário Especial Adjunto de Comunicação Social da Presidência

Francis Suarez, prefeito de Miami

Sérgio Lima, publicitário que trabalha com a família Bolsonaro na criação do partido Aliança pelo Brasil

Karina Kufa, advogada de Jair Bolsonaro

Quatro integrantes da equipe de apoio da comitiva

BBC

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