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índice de contaminação por esquistossomose subiu 15,5% em Feira

O número de pessoas diagnosticadas com esquistossomose nos dois primeiros meses de 2014 sofreu um aumento 15,5%. Enquanto em janeiro e fevereiro do ano passado foram confirmados 58 casos, neste ano, foram registradas 67 ocorrências da doença. Os números são da Divisão da Vigilância Epidemiológica.

 

A Secretaria de Saúde tem capacitado profissionais das unidades – UBS e PSF – e agentes de saúde para serem os multiplicadores das informações na comunidade, visando o controle da doença. O trabalho é feito em conjunto com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

 

Segundo a enfermeira referência Thais Juliany Caldas, os números revelam que as pessoas estão procurando mais os serviços de saúde, quando são registradas as notificações. “Elas estão tendo mais acesso às informações, embora algumas ainda não tenham bons hábitos de higiene”. A esquistossomose também é conhecida como barriga d’água ou doença do caramujo.

 

Os técnicos da Funasa são responsáveis em visitar os locais de maior incidência da doença, distribuir coletores, bem como fornecer os medicamentos para as unidades de saúde.

 

A SMS, por sua vez, além promover as capacitações, também mantém um banco de dados, onde são contabilizadas todas as notificações. Durante o ano passado, 349 pessoas tiveram esquistossomose. Todas elas foram tratadas.

 

Dos 67 casos registrados neste ano, os bairros que apresentaram maior número de pessoas acometidas foram Aviário com quatro ocorrências, Baraúnas, Gabriela, Campo Limpo, Rua Nova, Chácara São Cosme e Feira VI com duas confirmações, cada um deles. Entre os distritos, Maria Quitéria com duas e Jaíba com uma ocorrência.

 

A esquistossomose é causada pelo parasita Schistosoma mansoni. Ele tem no homem seu hospedeiro definitivo, no entanto, necessita de caramujos de água doce como hospedeiros intermediários para desenvolver seu ciclo evolutivo.

 

A transmissão desse parasita se dá pela liberação de seus ovos através das fezes do homem infectado, que em contato com a água, se abrem e deles saem larvas que penetram nos caramujos. Estes, por sua vez, liberam novas larvas – cercárias – que infectam as águas e posteriormente os homens penetrando na pele ou mucosas.

 

A enfermeira da SMS explica que os principais sintomas da doença são perda de peso, dor abdominal, febre, diarréia e vômito. Na fase mais grave, as pessoas apresentam aumento do baço e do fígado.

 

O diagnóstico é feito por meio de exame laboratorial das fezes. O tratamento é com medicação. “É importante que as pessoas com os sintomas da doença procurem as unidades de saúde”, diz. Thais Juliany acrescenta que ainda podem apresentar coceiras na pele. “Essa é ainda uma doença atribuída a questões higiênicas”, pontua.

 

Fonte: As informações são da Secom PMFS/ Foto: Secom

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